Uma das ilustrações de Paula Rego e simplesmente um dos comentários (duro, cruel, despido de fantasia) da escritora Romana Petri.Afinal, esta obra conta três histórias...
"Se o boneco se comportar bem tornar-se-á um rapaz verdadeiro.
Esta é a promessa da Fada Azul. No quadro, Pinóquio é já um rapaz de carne e osso,
deve ter-se comportado realmente bem para o ter merecido. Mas não parece feliz.
Nu, as mãos atrás das costas, está hirto defronte a uma fada que entretanto
já não é aquela sedutora menina que lhe apareceuquando ainda ele era de madeira.
A fada é velha, com o dedo grande do pé valgo e deformado que certamente a faz caminhar
com dificuldade.Talvez não seja já a fada daqueles tempos passados,talvez seja uma bruxa
que matou a verdadeira fada para depois se divertir com as suas promessas.
O rosto próximo do de Pinóquio parece dizer-lhe: «Como queres que valham as promessas feitas a um boneco?» A bruxa está ali para negar todas as promessas feitas pela antigafada.
Não serve de nada comportar-se bem se o Bem não domina o mundo. Que o aprenda rapidamente o rapaz.
As promessas feitas pela fada não poderão ser cumpridas.
Adquirir um corpo verdadeiro não lhe servirá certamente para ser feliz: no que acreditava Pinóquio?
O corpo foi-lhe dado apenas para que conhecesse a grande dor. Terá saudades do tempo em que apenas era uma marioneta,é para isso que lhe servirá o tempo da sua vida".
O Carnaval aproxima-se. E o Duarte já tem o seu fato a fazer. Vai de Pinóquio. Esta semana acompanharei a sua mãe à costureira, pela 2ª. vez, para ser acrescentado mais um pormenor, que fará toda a diferença...
Resolvi reler o livro, porque estava esquecida de algumas passagens.
Foi publicado em 2004, ofereci-o a uma amiga pelo Natal, mas provocou-me tanta curiosidade que as minhas filhas também me ofereceram um nesse mesmo Natal...
Está dividido em XXXVI pequenos capítulos, tem o posfácio de Italo Calvino, as ilustrações (cruéis) de Paula Rego acompanhadas por um texto a explicá-las (só desse modo compreendi a sua pintura).
É um livro com mais de 200 páginas, mas com letras gordinhas e bons espaços.
Adorei! Esta é a história a "sério" do boneco, história nua e crua.
Faço votos para que o meu sobrinho-neto não encarne a "sério" esta personagem.
Hoje fui a um funeral. O senhor tinha 102 anos, quase a fazer 103. Um homem respeitador, íntegro, trabalhador. Já o conheci viúvo, há 32 anos, e sempre falava de sua mulher com carinho e saudade. Os filhos, agora, com idades compreendidas entre os 60 e 80 anos, mais ou menos. Uma família numerosa composta por cinco gerações.
Mas a aceitação da morte, da partida de um ente querido, a ideia de que nunca mais estará entre nós, é sempre muito dolorosa, por mais que, à primeira vista, parecesse que todos estavam preparados. Temos uma certeza, enquanto houver pessoas que o recordem ainda irá viver por muitos e bons anos...
Aqui está o prospecto que, ontem, retirei de uma loja no shopping.
Estive a pesquisar, mas pouco mais encontrei. Fica na Rua 24 de Junho, Centro Comercial Sobreiro, Loja EE- Azurém.
Será que é para a nossa idade?!... É que nós já poderemos estar um bocadinho mais à frente...
Também já repararam que está aberto um "curso de fotografia digital do sapo", no Porto, e oferecem uma inscrição a quem enviar a melhor foto? Eu concorri...
Como estive muitos dias sem ver o correio electrónico, hoje, ao abrir, tive várias surpresas... Cá está uma delas: várias fotografias enviadas por minha sobrinha. Desde que esta sobrinha, que sempre morou em meio citadino, foi morar para a aldeia de seus avós paternos, cai neve várias vezes no ano. Recordo o meu tempo de escola primária. Depois, como estudei fora e só ia a casa em tempo de férias, fiquei com a ideia que não caía neve todos os anos... Mas estarei enganada...
Pois... Pensava eu que tudo estava bem. Na 2ª. feira, depois do almoço, fui arrumar umas gavetas com imensa papelada! Sentei-me no chão e passei quase 3 horas a verificar o que lá havia...
Conclusão: Não fiz a digestão do almoço, mas só depois de jantar é que me apercebi da razão do mal-estar (enjoos e tonturas). O resto, vocês já devem adivinhar...
Hoje, estou bem. Já fui à cabeleireira, cozinhei, almocei (desde 2.ª-feira que não o fazia), dei uma reviravolta à casa... E fui espreitar os vossos blogues... Gostei.
Se quiserem tomar um café ou chá, ainda esta semana, eu estou disponível, desde que não seja à 5ª. de tarde. Estou a precisar de contactar ao vivo...
Depois de uma temporada em isolamento, pois, estive constipada desde o dia 30 e só saí de casa na quinta-feira passada, a passagem de ano foi um pouco atribulada, a dona da casa nunca pode estar doente... Mas, agora, tudo bem.
Um vídeo que a "minha" Mariana me enviou, e que contém muitas verdades...