Do rio para a levada e da levada para o rio, é o que acontece à água que não é necessária para regar os campos. "Antigamente", quando eu era nova, toda a água era precisa e não chegava para todos os cultivos. Os agricultores que usufruiam deste privilégio, de ter o rio como fonte de rega, não perdiam gota, àquela hora e minuto certos, corriam a abrir a comporta. A água inundava a terra sequiosa fazendo levantar os caules, ramos e folhas verdejantes que, mais tarde, dariam pão, feijão, batatas...
Dizem que estamos a caminhar para esse tempo, mas só o tempo o dirá... Que haja modernidade, mudança de mentalidades e... cá estaremos para dar a nossa sacholada.
A expressão tem origem no Antigo Testamento; arco-da-velha é o arco-íris, ou arco-celeste, e foi o sinal do pacto que Deus fez com Noé:
"Estando o arco nas nuvens, Eu ao vê-lo recordar-Me-ei da aliança eterna concluída entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na terra." (Génesis 9:16)
Arco-da-velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à Lei Divina.
Há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da existência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades mágicas do arco-íris- beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bere (beber).