O fim de semana associado ao feriado do dia 25 de Abril resultou em mini-férias, mas entre amigos. Éramos cinco casais.
Instalámo-nos em Vila Nova de Milfontes e daí percorremos e saboreámos cada pedaço da linda Costa Vicentina. Risos e conversas entrelaçados na amizade que une os homens (maridos) já há longa data e que, também, se estendeu até nós, mulheres.
Simplesmente bonito, é o que me apetece dizer...
No regresso ao norte, não poderíamos esquecer os chocos fritos em Setúbal e uma visita por alguns locais desta cidade.
Elas (as pessoas grandes) adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele é... (...) Mas perguntam, qual é a sua idade? Quantos irmãos tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai? Somente assim elas julgam conhecê-lo.
Diversas vezes precisei de ajuda para refletir, neste ou naquele momento, sobre valores que falam tão alto... Não poderia esquecer esta obra (intemporal) e alguns dos seus excertos. O excerto acima relembro-o a cada dia.
Na era das estatísticas, das audiências, dos números, segundo isto e segundo aquilo, muitas das vezes, verificamos que o mais importante é o consumo, é a quantidade, é o número, enfim... O ter sobre o ser.
Sem dúvida, desde muito cedo os livros acompanharam-me. Bons autores, livros que sabem mexer, se possível, sempre.
Mas os livros infanto juvenis também estão no grupo de livros que gosto de ter, ler e de os conservar, caso não os ofereça...
Os de Sophia, os de Hans Christian, Saramago, Alberta Menéres... Talvez estejam no topo das minhas preferências, mas há muitos mais.
Também existe Balussonhos, um livro bem recente, de uma amiga, Ana Luísa Mota. A história passa-se "algures em Ladonenhum, lugaronde tudo acontece e nada se espera. Em Ladonenhum podes contudo esperar balussonhos originais, que poderás sonhar, desembrulhar e desejar..."
Como se assinala o dia internacional do livro infantil, termino com duas perguntas do livro de Saramago, A maior flor do mundo:
"E se as histórias para criança passassem a ser de leitura obrigatória para adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?"
*foto do livro Balussonhos e da minha pintura mais recente.