Um dia, fizeram a viagem da minha terra natal para este local, que era um pinhal, e que deixara de o ser.
As árvores (pinheiros) foram cortadas para que este espaço junto à nova casa/alpendre ficasse limpo, por causa dos incêndios e também para efectuar algum dinheirito.
Entretanto, nasceram, espontaneamente, um grupo de pinheirinhos bem ordenado, mais alguns carvalhos, castanheiros, giestas... E nós plantámos uma aveleira, mais carvalhos, azevinhos, um cedro, uma palmeira e dois medronheiros, os tais que viajaram da minha terra natal para este local.
Já lá vão cinco, seis anos, talvez, eis um dos medronheiros e um cacho de medronhos.
Há histórias de vida tão simples a acontecer, e que nos deixam felizes, só precisamos de saber valorizar.
Ainda de ressaca do regresso de férias, desta vez fomos a Malta.
Não houve praia nem mergulhos. Sol, sim, muito, no percurso de visitas e passeios que permitiram conhecer Malta. O que as ilhas têm de melhor e que nos surpreenderam, deixando-nos "boquiaberta": a beleza natural e património.
Valletta, capital de Malta, o centro da cidade é magnífico, as praças, ruas principais, e outras ruas bem estreitas e íngremes, escadarios... Há paredes ocres, janelas e varandas (marquises) empoleiradas, de todas as cores e alguns feitios... O contraste do moderno com o antigo, as igrejas, as luzes, a noite e os bares...
No dia seguinte, visitámos a ilha de Gozo. Já, nessa ilha, seguimos num city sightseeing e percorremos os vários locais turísticos. Fizemos uma paragem mais prolongada, em Victória, capital desta ilha, onde explorámos o centro e a sua citadela. Deslumbrante. As mesmas cores. Os monumentos, o património, a história. Beleza.
No terceiro dia, apanhámos o autocarro para Valletta e de lá outro em direção a Birgu para a visita das "três cidades"(Birgu/Vittoriosa, Senglea e Cospicua). O porto de mar e as marinas. Quase em círculo. O passeio num comboinho turístico.
Regresso à cidade de Valletta por barco. Subida de elevador aos jardins Barraka Gardens.
Mdina, também na ilha de Malta. Já lá chegámos muito tarde. Quase desanimadas, pelo chuvisco e pelo cair do dia. Mas a visita às ruas e ruelas, iluminadas pela luz do fim do dia, ainda tornou a cidade (antiga capital de Malta) mais surpreendente e mágica.
De novo a cor ocre, as janelas e portas coloridas e as marquises... As vistas fantásticas da muralha.
Tanta História por contar e por ver. Com certeza um destino a repetir, mas não por mim... Tenho tanto a conhecer... :)
Tenho uma amiga que, quando viaja para outro país, nunca actualiza as horas do relógio ou do telemóvel... Então, por sua iniciativa, ou se lhe perguntarmos, gosta de dar as horas de cá e as do local onde nos encontramos.
Ora, na mais recente viagem, o nosso grupo teve mais uma pessoa que, por acaso, era açoriana. Então, em uma dessas ocasiões que ela deu horas, eu alertei-a para que ela passasse também a dar as horas dos Açores. Assim, a informação seria mais completa. Risos.
Antes que a exposição partisse para outra cidade, lá fomos à cidade do Porto, eu e uma amiga. Valeu a pena. Também gostei da arquitetura do edifício Centro Português de Fotografia, não conhecia ao "vivo". E a exposição nesse espaço só beneficiou. Muita história. Amores e desamores...
Por uns instantes, ainda me identifiquei um "bocadichinho" com Frida, a fotografia, a pintura, a lua. Coisas que eu gosto... Mas depressa caí na realidade. Não... ;)
"Fotografias que refletem a intimidade e os interesses da pintora ao longo da sua vida atribulada: a família, o fascínio por Diego Rivera, seu marido, os múltiplos amores, os amigos e alguns inimigos, o corpo acidentado e a ciência médica, a luta política e a arte, os índios e o passado pré-hispânico, e a paixão pelo México e pelo seu povo".
No campo, por vezes, acontece um misto de tudo o que nos faz bem.
Beleza, envolvimento, prazer, satisfação. Não estivesse o campo mais ligado à vida, à realidade e simplicidade das coisas...
O céu como abrigo, noite e dia, cintilante e silencioso.
Mas desengane-se quem pensa que é só relaxar. Há sempre muito trabalho a fazer e a organizar.
Lá diz o ditado, em Outubro sê prudente: guarda pão, guarda semente.
No nosso tempo, a oferta de mercado é tanta que já não necessitamos de ser assim tão prudentes. Por uma questão de economia e não gostando de desperdiçar aqueles produtos que têm menor durabilidade, dediquei-me a fazer compotas, concentrado de tomate e alguns congelados.
O resto está sendo guardado, naturalmente, de modo a conservar o máximo de tempo para ir sendo utilizado até às próximas colheitas...
Também é delicioso sentir estes sabores do campo pairarem pela cidade.
Devido ao post da Samantha, quero acrescentar. Principalmente, na época da colheita, que vai sendo quase todo o ano, depende do que é próprio de cada estação, distribuímos alguns produtos alimentares por várias famílias cá da cidade. Famílias não referenciadas, nossos vizinhos e até amigos. Devido à crise de emprego, os filhos voltaram a casa dos pais, alguns já casados e também eles com filhos...
Na aldeia, desconhecemos essa necessidade, as pessoas convivem mais de perto e entreajudam-se. São costumes e tradições de louvar.