«Que mais vale seguir meu próprio dharma, mesmo imperfeito, do que o dharma d´outro na perfeição»
Já tinha dito que iniciei uma formação de Filosofia Prática em Janeiro, que tomei conhecimento pelo facebook , que encaminhei para as minhas filhas, mas elas reenviaram-me afirmando que era excelente para mim.
Para aprender e para uma boa reflexão é sempre tempo. E a ver fui...
Terminou no fim de Maio. A avaliação foi um trabalho para apresentar, feito em casa. Ora, o mais difícil foi como começar...
Havia a liberdade de elaborar como bem nos apetecesse. Então, por vezes, usei a 1ª. pessoa, para reforçar a aprendizagem, a reflexão que fiz durante estes 4 meses, com todos os temas interligados. Como uma história...
Como consegui, nem eu sei, foi necessário muita inspiração e transpiração.
Quando lá cheguei, pedi para ser a 1ª. a apresentar. E "arrumar" de uma vez com o meu estado de nervos.
Terminei a apresentação com o sonho sobre o meu pai, "o peso do coração do morto"..., uma leve referência ao Egipto (já publiquei este sonho). Mas as emoções, nesta parte final, traíram-me... Fazer figura de "lamechinhas", fora de horas, não gosto.
Bem, fui aplaudida, abraçada. Cá para comigo, pensei, por que razão...
Original. Diz que... Mas, equilibrar o meu triângulo (tamas, rajas e sattwa), é necessário.
Estou em falta, nem que seja, somente, para comigo, por não ter publicado algumas das muitas fotografias das duas cidades que visitei: Cracóvia e Roma.
Vou mostrar-vos as que se referem a Roma. Cracóvia fica para outro post.
Já lá tinha estado, em Roma, em família e através de uma agência. Em Maio, fui com duas amigas, as do costume...:)
Então, quero aqui registar que não utilizamos qualquer transporte nos percursos que fizemos dentro da cidade. O hotel era situado perto da Praça de Espanha, por isso, calcorreámos ruas e praças, atravessámos pontes, do rio Tibre, visitámos igrejas e monumentos e até vimos o papa, sem marcação...
Tanto caminhámos, serenamente, como mais apressadas... Quando necessário, sentávamo-nos numa esplanada para saborear o momento, ou um "tartufo de chocolate", um cafezinho, uma água...
E, já com saudades, acabámos o pacote de viagens marcadas em dia de black friday...;)
No fim de semana seguinte ao meu aniversário, tomei a decisão de fazer um convívio só com os meus irmãos e seus respectivos cônjuges, quem os tem, claro.
Apesar da presença de irmãos não ser na totalidade, éramos quase vinte.
Uma trabalheira, mas repleta de felicidade.
Já há muito que não os via deste modo, em festa. Relaxados, descontraídos, adolescentes, pareciam... Pudera, sem filhos ou netos para se distraírem ou preocuparem...
E, também, porque, os últimos "encontros", foram de despedida.
Todo o dia não se proporcionou para um momento que queria especial, "o silêncio", pelos que já partiram. O meu pai, a minha mãe e irmão. Os mais recentes, ambos, no mesmo ano, um a seguir ao outro.
O entardecer estava mágico, próprio do fim de um dia quente no campo. E foi ainda debaixo do grande guardassol que jantamos. Depois, anoiteceu e já outra mesa, dentro de casa, esperava-nos para as sobremesas...
E foi o momento certo. Interrompi a alegria e conversas cruzadas de alguns. Pedi meio minuto de silêncio. Não é necessário descrever o que aconteceu. Nem eu sei, porque, no final das palavras, transbordei de tanta emoção... Os parabéns foram cantados como um hino, como um escape, como uma oração...
Houve abraços apertados. Abraços que jamais esquecerei...
E a festa continuou.
Quando nos lembramos de tirar fotos, já o céu reluzia estrelado, mas lá bem longe :)