Diálogos de alma
Há quem colecione plantas ao ar livre. Deste modo os espaços preenchem-se, embelezam-se, tornando-se um livro de arquivo a céu aberto.
Sempre que o visito, folheio com devota atenção. Cada planta é analisada para que se retire poeiras, flores e folhas secas, pequenas formigas, aranhas... E vou verificando o seu estado de saúde...
Quantas vezes já captei debilidades?! Felizmente, sempre houve tempo de as socorrer.
Também converso com elas, - diálogos de alma -, agradeço sua vitalidade e lembro-lhes quem são, de onde vieram, e chamo-lhes pelos seus nomes. Interajo, assim, com todos, presentes e ausentes, não numa conversa superficial, mas sim de uma forma mais elevada, diria transcendente.
Já imaginei elaborar uma placa de madeira para cada planta e nela gravar, a fogo, o nome de cada pessoa que ofereceu.
Este livro, a céu aberto, seria lido com mais vontade e sabedoria pelas gerações vindouras.
Vou pensar a sério.
*flor de arroz, oferecida, prof.Oliveira