De Barcelona para o interior. O campo em terras do norte de Portugal. Assim foi a minha semana. Cheia de contrastes.
De Barcelona, falarei mais tarde.
Já comecei a podar. As sebes tomaram dimensões exageradas. Lá me explicaram como fazer, e eu sorri, de escárnio...
- Não. Tenho que poupar as minhas mãozinhas! E as dores de cervical que posso ganhar? E depois são 50 euros na osteopata e não sei quantos na manicure :) ... Foi o que respondi .
Mas não aguentei. O campo tem estes efeitos sobre mim. Quando fiquei sozinha, foi só tic... tic... tic... E uma sebe já está.
Mas, antes disso, já tinha apanhado amoras vermelhas e amarelas, maracujás roxos, vi as plantas de maracujá amarelo e banana que estão floridas e ainda não deram fruto, apanhei algumas avelãs, caídas, junto à árvore, assim como, tomates, feijão verde, pimentos, beringela, uvas... E reguei toda a área do jardim.
E ainda acrescento. O campo não é para mariquinhas. De repente, podemos transportar um bicharoco qualquer, e nada de gritaria. ;)
Sempre gostei de andar pelo campo à procura de flores e folhas para enfeitar a casa, colocando-as em jarras.
Quando era mais nova, não olhava à longevidade da planta, cortava as que mais me impressionavam pela cor e originalidade. Hoje, sou mais selectiva e prefiro as de longa duração...
A noite parecia um amanhecer. As portadas, a eira, o monte e todo o espaço envolvente estavam iluminados.
Quando a Lua resolve encher-nos de seu luar, os postes de electricidade, altos e deselegantes tornam-se tão desnecessários!
Era uma boa oportunidade para o bicho Homem, nestes dias de luar, desligar-se de alguns bens materiais, fazer um apagão, e deixar-se iluminar naturalmente com a luz lunar. Imitaria a Lua. Pois, também ele irradiaria luz e energia, e o nosso planeta agradecer-lhe-ia.
Este fim de semana estive na aldeia, e mais uma vez fiquei rodeada de seres minúsculos e graúdos que brotavam sorrisos de todas as cores e em todas as direcções.
Eis alguns desses sorrisos, apreciem-nos, antes que seja tarde...
E todos os anos fotografo este local onde esta planta habita. Antes de florir, nada existe por ali, tudo parece adormecido. Quando floresce, o espaço fica assim...
Mais varinhas deste arbusto estão espalhadas por lá, mas não se decidem a desabrochar. Imagino como, um dia, tudo ficará bonito...
Não sei o nome. Sei que adoro esta flor e visito-a, sempre que vou ao campo.