A viagem agendada para o final de Julho até aos primeiros 6 dias de Agosto, já, em si, provocou uma adrenalina própria que o viajante sempre experimenta. Desta vez, visitámos S. Petersburgo e Moscovo.
Fiquei deslumbrada?...
Direi, até, apaixonada pelas estas duas maravilhosas cidades. Não fui a única, o que me apercebi, várias pessoas do grupo confessaram estar a sentir o mesmo...
Numa das mensagens que enviei para meus familiares, disse:- Converti-me.
Ora, cá por casa, já estão a tentar opinar e fazer, à rebelia, tudo para que eu me esqueça da minha última paixão. Sou teimosa e sei que vai ser difícil esquecer.
E eu gosto de gostar assim, rápido, à primeira vista. Os ruídos ou interferências, esses, vou tentar ignorá-los.
Só sei que adorei!!!
Quanto aos trambolhões?...
É... Em uma saída de praia, em direção ao bar, dei uma chinelada na borda do estrado de madeira, cambaleei um percurso de 10 metros, adquiri alta velocidade, e só parei quando cabeceei um tubo de ferro bem fixo, fazendo um estrondo que entoou toda a praia e arredores... :) Caí, imobilizada. Rodearam-me, alguém já ligava para o INEM e só ouvia:- sente-se nesta cadeira.
Eu, mesma, tive de dar ordens para que aquela gente se acalmasse. Pedi gelo e que me deixassem estar um pouco em repouso...
Infelizmente, para eles, não houve mais espectáculo. Tudo bem.
Mas foram 5 dias, precisamente os dias antes da viagem, de observação e cuidado.
Pronto. Agora que ninguém se atreva a dizer que estou a sofrer de efeitos secundários... :) ;)
Sem mais pormenores, algumas fotos das mil e pico... Difícil a escolha.
Trás-os-Montes e Alto Douro tem paisagens de cortar a respiração. Eu sabia, tu sabias... Todos já sabíamos.
Mas sempre gostamos de dizer que a nossa província é mai linda que a vossa! :)
Viajámos acompanhados por mais três casais, sendo um deles transmontano. Portanto, levávamos a lição bem estudada.
Para pernoitar e para o pequeno almoço, usufruímos dos óptimos serviços do Hotel Lamego.
Vila Real, Régua, Pinhão, Lamego, localidades que já conhecíamos, mas só de passagem, de resto, foi andar por todos os cantos e recantos que nos fizeram pasmar, registar, saborear...
A estrada nacional da Régua, passando o Pinhão, em direcção a Lamego, obrigou-nos a parar, sair do carro, para deliciar o nosso olhar e entender tamanha beleza e arquitectura da natureza. Paisagens de terra desenhada e revolvida, as videiras pequeninas, as oliveiras e sobreiros, os famosos socalcos, e, claro, o rio Douro serpenteando...
Somos invadidos pelos mais diversos tipos de pensamentos. Como será possível trabalhar os terrenos, conseguir nivelar, encosta acima ou abaixo?... Tanta arte, tanto trabalho!
A foz do rio Sabor. O encontro e a união ao rio Douro. Sentes silêncio. Borbulhar da água, o saltitar de peixes, o céu reflectido em simetria... E, depois, o Douro seguindo seu percurso. Lindo! Mágico!
Neste local há um restaurante pequenino que serve os famosos peixinhos do rio Sabor, fritos e acompanhados com migas.
Também, não poderia deixar de mostrar uma milésima parte dos meus registos, e trazer-vos uma singela papoila campestre, "parecendo" igual a muitas outras que existem por aí... Como a rosa do principezinho, esta é especial :) ;)
A cidade que adoptei, desde a mudança de estado civil, e já lá vão décadas, apesar de ser histórica, limpa e arrumada, pouco me tenho debruçado sobre ela, aqui, neste meu sítio. Porque, geralmente, uso fotos do campo, de viagens... E, também, porque prefiro ficar no meu cantinho sem grande publicidade.
Colhi flores espontâneas. No jardim, havia roseiras floridas, e, ainda, algumas camélias, lindas.
Uns dias por Lisboa, também . Pela 1ª. vez fui à feira da ladra; uma das minhas filhas insistiu em explorar o espaço e fazer algumas compras. Gostei. Almoçámos por lá. Sensação cosmopolita :) . Nesse restaurante, falavam inglês, por mais que tentássemos expressar a nossa língua. No hotel, vigilância apertada, devido ao eurofestival...
Simpáticos. Calor humano. Gosto de Lisboa. Gosto da minha cidade. Gosto do campo...
Gosto da lua, de fotografia, pintura, caminhadas, viagens...
Há quem faça meditação para relaxar, desanuviar seus pensamentos, aclarar sua mente, pacificar-se...
Para já, ainda não consegui. Pois... Talvez, exija mais trabalho. Prefiro viajar, para mim, é mais fácil.
Fui com amigas. Éramos três mais um bebé de nove meses. Estão a imaginar...
Mas foi maravilhoso!
Amesterdão pareceu-me desarrumado, cinzento... Mas não, as bicicletas amontoadas junto aos passeios provocam confusão, mas foi só a primeira impressão. Depressa nos habituámos a elas.
Os edifícios perfilam imponentes, harmoniosos, de grandes janelas e portas, em tons acastanhado, tijolo, creme...
Os canais, os barcos, as pontes, os museus, o comércio...
Na sexta-feira, era feriado, festejavam o dia do Rei. Era "obrigatório" vestir qualquer peça de roupa ou adorno de cor laranja... De verdade, ficámos um pouco preocupadas, devido ao elemento mais novo. Mas tudo bem. Gente simpática, educada e bonita.
Seria por andarmos muito bem acompanhadas? :)
Além de visitarmos alguns museus, não podíamos deixar de observar, ao vivo, the tulips garden- Keukenhof, e, claro, também passeámos por Red Light District, à noite.
Não sei se estão diferentes de há meia dúzia de anos... Se serei eu que mudei tanto o modo de observação. Ou então, será devido à época do ano. Desta vez, vi menos turistas nas galerias Lafayette e havia muitos asiáticos. O espaço, esse, está imponente.
Em verdade vos digo, apesar de minhas amigas usarem artigos (roupas, malas, sapatos) todos "fashion", por isso, já estou habituada a conviver com certas marcas, embora eu não as use, mesmo assim, deu para eu ficar perpelexa. Algumas lojas, de super preços, fecham a entrada com um grosso cordão ou corrente, para controlarem. As clientes, mais que eles, formam fila no corredor da galeria, e vão entrando, conforme o número de pessoas que sai.
E aos nossos olhos, foi visível a selecção natural dos humanos... Asiáticos segurando não um, nem dois, mas vários sacos de compras dessas lojas, e nós, no meio daquele rodopio.
Sinceramente, não sei o que as minhas amigas sentiram. O que viram e exclamaram, sim.
Eu senti-me com olhos em bico, levemente enrugados, talvez devido ao esforço para compreender o porquê de tudo aquilo. Será que valerá a pena? À primeira vista, eu só via pessoas que calçavam e vestiam, normalíssimo, naquele momento.
Será que depois daquelas compras iriam transformar-se?
Esta semana estivemos três dias em Paris. Nestas curtas viagens, de avião, nossos maridos não gostam de nos acompanhar, dizem ser cansativo. Dizem... Não sei... O que nós sabemos, mulheres deles, é que são viagens muito relaxantes, necessárias, super divertidas, e principalmente culturais.
As três já conhecíamos esta cidade, mas sempre é bom voltar, porque há sempre locais ou monumentos que nos passaram despercebidos, ou que necessitam ser revisitados.
Por exemplo, em Montmartre, há uma parede, um muro, ilustrado de azul e palavras que cintilam de luz e nos aquecem o coração e não só... Percorremos todo o local à procura desta obra. Poucos sabiam onde ficava, mas lá conseguimos.
O muro, LE MUR des JE T´AIME, simples, à primeira vista, parece estar apenas escrevinhado. E o que parecia caos não o é. São por volta de 300 idiomas e dialectos, caligrafias tão diferentes, e cada frase diz o mesmo. Eu te amo.
É a magia de Montmartre para as artes, o amor, o romantismo...
Pode acontecer de nos transportar à adolescência. Quando rabiscávamos as paredes, o chão, os caderninhos, as árvores... Usando os mais variados objectos. Na verdade, onde mais resultava, e mais alimentava o nosso amor, era a gravação feita nos troncos das árvores. Elas cresciam e com elas também se alongavam as palavras e o coração atravessado por flecha . Eu te amo.
"Dantes (antigamente) ter sessenta anos era sinal de velhice, agora, as pessoas fazem viagens e vivem como que fossem novas". A. L. R.
Sorri de orelha a orelha, quando ouvi este comentário, espontâneo, e tão verdadeiro.
Dois dias em Londres, entre amigas, com suas diferenças tão bem visíveis (a olho nu), mas que, talvez, não sejam assim tãao diferentes.
As viagens e a profissão são, sem qualquer dúvida, o que mais nos une. E aqui está uma prova da solidez da nossa amizade e cumplicidade.
Apesar da chuva e frio, também o astro rei brilhou, e pudemos espalhar muita luz. Sem preocupações, caminhando, sorrindo, fotografando... Até que as pernas não mais pudessem caminhar de cansaço.
O transporte que usámos foi o táxi, porque, dividido por quatro, ficava mais barato que qualquer outro transporte.
Adorei Londres! Hei-de lá voltar com mais tempo para melhor explorar.
O fim de semana associado ao feriado do dia 25 de Abril resultou em mini-férias, mas entre amigos. Éramos cinco casais.
Instalámo-nos em Vila Nova de Milfontes e daí percorremos e saboreámos cada pedaço da linda Costa Vicentina. Risos e conversas entrelaçados na amizade que une os homens (maridos) já há longa data e que, também, se estendeu até nós, mulheres.
Simplesmente bonito, é o que me apetece dizer...
No regresso ao norte, não poderíamos esquecer os chocos fritos em Setúbal e uma visita por alguns locais desta cidade.
Casadas, livres e desimpedidas. Só, à primeira vista, é que parece um paradoxo...
Madrid foi o nosso destino. Ainda no aeroporto, apanhámos o Metro em direcção à Gran Via. Aí, localizava-se a rua onde "coabitaríamos" durante três dias. Guardámos as nossas bagagens e logo saímos à conquista da cidade.
Caminhávamos... O sol e o céu imenso brilhavam e envolviam-nos num abraço. Os edifícios, majestosos e de bela arquitectura, especados, observavam-nos e acenavam, parecia... Como adolescentes, no modo de expressar, dávamos gritinhos de felicidade: -Estamos em Madrid! Estamos em Madrid! O ar fresco, os agasalhos, as visitas aos museus, parques, ruas e praças, toda a sua história, provocaram uma subida substancial de temperatura...
Ui!... O sentimento que percorreu todo o meu ser... Não há palavras para descodificá-lo. Como é maravilhoso a liberdade, o desapego às nossas coisas: À casa. À família. À cidade onde moramos...
Os horários são outros, os interesses também o são. Há uma vontade e alegria que nos empurra e incentiva a viver, a caminhar, a descobrir, a admirar. A espantar. Coisas que, muitas vezes, estão adormecidas e que despertam.
Na hora de regressar é bom. Sentimos necessidade disso. O cansaço. Saber que nos esperam... Por saudade ou por necessidade de organização. Não importa. Estamos cá. De volta.