Era uma vez...
No regresso a casa, colhia flores espontâneas e, ainda, de cabelos a escorrer água, distribuía-as pelas diferentes jarras.
Não sei por que colhes dessas flores! Elas não duram nada! E o jardim com tanta flor!... Enfim!- Dizia sua mãe.
Era no tempo da adolescência, a tal menina- Maria rapaz, que percorria os caminhos de terra batida, entranhava-se por entre a natureza de árvores e ervas espontâneas e seguia até ao rio.
Lá, mergulhava e sentava-se no leito do rio, tentava apanhar minúsculos peixes que se esbarravam ou beijavam seu corpo. Só saía da água, quando ficava arroxeada e a tiritar de frio.
Hoje, não tem o rio. Não tem o espaço encantado de outros tempos. Nem sonhos irrealizáveis. Tem esperança em dose qb.
Quando vai ao campo, ainda gosta de percorrer os caminhos de terra batida. E, por instinto, talvez, procura algo nunca antes encontrado: belo, diferente, simples, verdadeiro...
Acaba mergulhada e sentada na terra húmida, entre a vegetação, e vai cortando flores pequeninas. Elabora pequenos ramos, coloca-os em pose. Fotografa-os.
Não sei como ainda és assim...- Dizem M e D
Dois dias. Dois raminhos .
Para vocês ;)