Onde estão as dicas para que, no tempo de natal, possamos estar de cabelos bem arranjados em todos os almoços a que vamos?
Difícil, não? Um almoço, dois almoços, três... Teríamos de os lavar quase todos os dias.
O que costumo fazer é dar prioridade... Então, escolhi o almoço de família para estar mais produzida. Pintei o cabelo e ficou lavadinho, solto e levemente esticado. Seja lá quem for fica com outro ar... Desde que o penteado não seja em forma de capacete... ;)
Depois, é óptimo ouvir irmãos, cunhadas e sobrinhos elogiar o nosso estado. Porque, apesar de... Aidade não passa... E tal e quê...Ó cunhado, para quando outra criança?... Ó tia, tens as calças rotas nos joelhos... :)
Entre amigos, tanto elogio pode soar falsidade. Em família, não. É um modo carinhoso de comunicar, um modo de dizer que gostamos, que somos família, que os laços estendem-se com o tempo. Sempre.
Quase no final do dia do Livro e eu nem pude fazer a minha reflexão.
Com certeza vou repetir-me e repetir o que outros leitores a toda a hora já fizeram. Não vou escrever a minha história com os livros, pois, já iniciou há tanto tempo que necessitaria de uma cábula bem organizada para me orientar até aos dias de hoje. Penso que, naquele tempo, só havia grandes livros, grandes autores, grandes romances. Tolstoi, Stendhal, Henri Charrière, Camus... De repente, são estes autores que me vêm à memória. Eu era uma adolescente, miúda até muito tarde, mas, apenas, no modo de vestir, não de pensar, penso...
No dia em que a carrinha biblioteca da Gulbenkian passava na estrada, bem distante de minha casa, nós corríamos, de corações a bater tão alto- impossível não serem escutados-, carregados de livros para devolver e cheios de curiosidade para outros livros, outras histórias, outros sonhos para sonhar...
E eram assim as nossas férias grandes, entre irmãos, livros, brincadeiras, descobertas.
Houve um tempo que estagnei. Mudança de estado civil. Os filhos. A profissão. Mas sempre os livros me acompanharam, embora fossem outros. Histórias de encantar, os de contos, os de valores, os de leitura obrigatória...
Agora, é diferente. Nem sempre me apetece ler. Porque os óculos pesam-me no nariz, os olhos cansam-se, e, também, porque gosto de ficar com a história em mente, que me agite a consciência, que me faça melhor, que me abra horizontes, que não façam sonhar...
E é bem difícil eu descobrir tudo isto num só livro.
Preso por ter cão e preso por não ter... Este dia é assim mesmo.
Quem comemora festejando por aí, exibindo que é mulher livre, é feio, eu não gosto. Quem fica à espera de ser especial para uma alma caridosa, também não aprecio. Quando nem te lembras que dia é, esperas gente para o almoço, toda a manhã organizas a casa, a refeição e, porque o calor convida, pões a mesa no terreiro, abres o guarda sol... Aí, já é diferente.
Num instante, já era meio dia. Os convidados saem do carro, vestidos de sorrisos, enfeitados de rosas de cor suave, e, num grito de ternura, num sopro de magia, envolvem-te num abraço que te alegra e estremece. Fazem sentir-te bem.
Também houve mensagens escritas de amigas. Que bonito é ser mulher, e que pena os homens não saberem lidar com seres tão simples... Continuam pensando que somos invejosas, que nos arranjamos só para os provocar, que os nossos maiores amigos são os diamantes... Enfim.
Pensei na minha mãe, sim, uma Mulher de outros tempos, antes de Abril, mas que tão bem soube transmitir certos valores que fizeram de mim quem sou. Para nós, filhos, a maior.
Viva a mulher e viva o homem! Sem preconceitos de género.
Três toques dizendo: madeira, madeira, madeira. É deste modo que poderei falar deste assunto.
Não é que neste outono/inverno ainda não me constipei?!
Nos finais de Outubro, apanhei a vacina contra a gripe. Então, como o vírus da gripe sofreu mutações, fiquei à espera do que aconteceria...
Entretanto, tenho pensado se isto da gripe não será, também, uma doença do foro psiquiátrico...
Ficamos (eu e meu marido) tão atentos e prevenidos que nenhum de nós adoeceu. Eu sempre me fui desculpando de que a vacina que tomei, era e é, somente, para prevenir o contágio das gripezinhas que meu marido costumava ter ao longo do ano...
Um sagitário, fogo, e um touro com laivos de gémeos, terra e ar, o que mais lhes poderia acontecer?
Ficarem com imunidade até que a morte os separe...
Depois das badaladas, cumprimentos e sorrisos com votos de bom ano e que, pelo menos, seja igual ao ano passado; é desta maneira que quase toda a gente festeja a entrada do ano novo. Durante muito tempo, continuamos a desejar a quem se cruza no nosso caminho: Bom ano! Bom ano!
Tudo bem. Não passam de desejos. Estamos em modo de esperança. E ter esperança não é assim tão bom. Corremos o risco de ficar em esperança uma vida inteira...
Depois, também é necessário muita paciência, fé...
Os outros é que sabem. Mas o parecer que faço a meu respeito, é que tenho vindo a aumentar o "grau" de paciência. Embora, há pontos de vista. Uns dizem que tenho paciência de job; outros, que não tenho paciência nenhuma; aqueloutros, que só tenho paciência para os outros; e, ainda, há aqueles que confundem a minha paciência com estupidez, "morconice", ou sei lá!
Daí, em 2015, vou continuar a trabalhar nesta virtude. E, já agora, reler todas as histórias que meus pais me contaram. De repente, lembrei-me da tão tradicional: O velho, o rapaz e o burro.