Coisas boas e más quem as não tem...
No início eram os irmãos mais novos, mais tarde a profissão. Entre crianças e adolescentes sempre se sentiu compreendida, especial e amada. Alunos, sobrinhos, filhas e mais sobrinhos, os tais ditos sobrinhos/netos.
Esta convivência sempre estimulou o seu lado infantil, que todos têm, que faz parte de nós, mas que muitas das vezes teimamos em adormecê-lo.
Crescemos, mais e mais. Pela vida fora, acumulámos tanta responsabilidade, ficámos tão sérios, pensando ser sinal de amadurecimento, porque constituímos nova família, há uma casa para sustentar. O tempo e os afectos parecem não sobrar para aqueles que foram e são a nossa árvore de origem que nos sustentou em seus braços, protegeu, alimentou.
Quando algo não corre pelo melhor, quando parecemos sufocar de tristeza, porque as nossas raízes são abaladas, porque há ramos prestes a tombar, tudo fazemos em prol de conservar, de curar, emendar, reforçando afectos até enlaçar todas as partes fragilizadas, para que a seiva percorra seu destino até à ínfima célula.
Em todo o ser avoluma-se tamanha felicidade... Unidos na dor, na luta, na ajuda, no amor.
E toda a toxicidade é varrida. Parece desaparecer. Como poeira em dia de chuva.