Qualquer dia serei saneada da cidade que me acolheu há já 45 anos.
Mais uma vez, o campo... Não contenho as emoções quando o visito. As cores no pisar das folhas, as cores, ao redor, nos frutos maduros e nas flores, os carvalhos centenários despindo-se devagarinho e, claro, a variedade de tons e o anoitecer despertam o lado "natural" que tanto aprecio na Natuteza.
Novamente o Outono de cheiros e sabores fortes, macios, suculentos, adocicados, iniciando-se numa miscelânea de tons, mostrando seu amadurecimento, seu desnudar, exibindo suas formas apetecíveis, maduras...
Cada um, a seu gosto, saciando-se, serve-se e usufrui do banquete outonal, para depois, também, reservar e aconchegar em despensa, celeiro, arca, memória...
No futuro, em rituais de gestos, palavras, culto, em agradecimento, poderemos saborear, quando necessário, contagiando-nos de energia contida nos alimentos, pois, o sol, ar, água, terra, as pessoas... Todos fazem parte integral e tudo se reflecte...