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TUDO AVULSO

Acontece-me... Por inspiração... transpiração... ou porque me apetece...

TUDO AVULSO

Acontece-me... Por inspiração... transpiração... ou porque me apetece...

19
Mar21

A Leste ou a Oeste...

Da Lua?...

MariaLi

FB_IMG_1616164912356.jpg

 

Feliz Dia, sempre

Só hoje compreendi a sugestão dada, ontem, pelo "pai" das filhas: bacalhau com brôa... 

- Credo! Porquê amanhã esse prato tão forte?... Nãoo. E as "baforadas" que o meu cabelo vai apanhar, agora que fui ao cabeleireiro!...

Sem resposta.

Bem, encomendei bacalhau à moda do minho. Já não havia tempo para elaborar o prato preferido.

Para o lanche, o bolinho de laranja feito por uma das filhas. Porque festeja-se o dia do pai, e eu encontrava-me a leste ou a oeste de qualquer sítio... Talvez da lua que é o mais habitual.

Acontece. O que eu queria mostrar, era, apenas, a foto do bolo. Só.

 

16
Mar19

O peso do coração...

MariaLi

Em primeiro de tudo, quero dizer que, hoje,  sonhei com o meu pai... 

Muito raro sonhar. Não o reconhecia como um bom pai, principalmente, durante todo o meu crescimento até ao tempo que mudei de estado civil. Depois, fui mãe, uma, duas vezes e, pouco depois, ele adoecia e ficava com sequelas para o resto de sua curta vida.

Aos poucos, fui reconhecendo que ser pai "destes" seus filhos, não foi nada fácil...

 

Mês de Março. Mês de comemorações: Dia do Pai e seu Aniversário.

Então, depois das duas viagens por Marrocos, depois da aula de Filosofia prática, sobre o Egipto- A análise do Papiro de ANI- "o peso do coração do morto", e depois de ter tratado das lides domésticas... Adormeci, vagueei... 

 

O chilrear dos pássaros, o barulho dos carros, as vozes ao longe... Um aperto no peito, o coração. 

Acontecia o despertar, melhor, o adormecer. Lento...

Uma enorme tela pendurada, não sei se em uma parede, se no meio do nada, suspensa. Reconheci, de imediato, que era o Papiro de Ani. Num plano mais abaixo, alguns elementos moviam-se, uns estavam agitados, outros mais concentrados. Aí, vi o meu pai. Os deuses, os olhos da mente, (egoísta e pura) os braços da balança, a pena e o coração, cada um em seu prato. Senti-me angustiada! Estavam a pesar o coração de meu pai...

Era leve!!!

-Está tudo bem- escutei.

Anubis é um bom avaliador.

 

Acordada, vi tudo em conformidade.

Havia luz.

 

 

19
Mar17

Dias são datas

MariaLi

Algum tempo havia passado sem que visitasse o pequeno lugar para onde transferira algumas das suas memórias e, assim, compusera o tal recanto como que de uma emergência se tratasse.

Era véspera do dia dezanove, quer dizer: do dia do pai e do 2.º mês do falecimento de sua mãe.

No pequeno terreiro, rodeado de recantos ajardinados, há restolho espalhado por todos os lados. Atravessou-o em passos largos até um dos lados do retângulo da eira, onde fica a porta de entrada, e poisou os sacos das compras. Porque, afinal, era já hora de fazer o almoço. Depois, dirigiu o olhar para onde havia jardim e caminhou em direção ao muro sobranceiro ao tanque. Aí, imobilizou-se. Seu olhar ficou toldado. As lágrimas teimaram, e quase todo o dia por lá ficaram. As japoneiras, afinal, estavam muito coloridas: brancas, vemelhas, rosas... E ela que pensara que este ano não floririam, as japoneiras. A sua mãe. As japoneiras de casa de seus pais. Seu pai e sua mãe. Agora juntos para sempre. Para sempre.

Debruçou-se sobre elas e, minuciosamente, observou-as.  As camélias brancas, tão lindas, bem formadas, pequeninas. Quase que lhes pediu desculpa por não acreditar nelas. As cor de rosa sobrecarregavam a árvore, parecendo-lhe que pediam ajuda para as aliviar. As vermelhas, de tamanho médio, compostas de múltiplas pétalas, também estavam harmoniosamente formadas e distribuídas. Acariciou-as ao de leve. Cortou botões e flores. Limpou-lhe as folhas e esgaravatou a terra junto à raiz.

Que pena! Não há registos fotográficos. Mas tudo se gravou em automático. Com sons e cheiros. Lágrimas. Saudades.

E foi deste modo, o espírito dividido entre o passado e o presente, a esperança e a inquietude, confuso, que vagueou o maior tempo.

Promete não haver descontrolo e libertar-se destes domínios mentais  ou conflitos interiores que a ocupam em demasia. E também deseja que todos os descendentes de seus pais tardam a sua partida para o encontro final.

 

19
Mar16

Vida de Pai

MariaLi

Não se deve falar nem pensar mal das pessoas que já partiram. Vamos aprendendo que ninguém é perfeito e que as circunstâncias da vida, por vezes, fazem-nos mais carrancudos, impacientes e senhores do nosso nariz.

Ser pai de doze filhos é obra. E sendo a obra feita quase toda no masculino, pensava-se e dizia-se que ainda era muito mais difícil. Muiiito macho. Entretanto, descobriu-se que, afinal, é mesmo o pai que, em última instância determina o género do bebé.  Mas o que interessa é que, naquele tempo, era competência do pai, somente, e ponto final.

Era com grande orgulho que nos dias de festa, Natal e Páscoa, os rapazes desfilavam por ordem decrescente de idade, escadas acima, em direcção ao coro da igreja. As mulheres jovens e não só, disfarçadamente, miravam a bela equipa de lindos e educados rapazes que, raras vezes, percorriam os caminhos da aldeia. Meu pai, nesses dias, também os acompanhava, e, com certeza, fazia-o a transbordar de alegria, orgulho e felicidade.

 No final da missa, minha mãe não podia perder tempo com grandes esclarecimentos ao mulherio que a abordava para saber pormenores sobre os seus filhinhos. Sei que conversava com esta e aquela, alegre e apressada, porque havia o almoço próprio do dia, que só ela tão bem sabia confeccionar.

O que conversavam com o meu pai, não sei. Já seria conversa de homens... Ou não.

Um dia meu pai partiu... Pensava eu que não ia ser tão difícil, assim. Mas o mundo desabou. Aí, compreendi que a vida de pai não é nada, nada fácil. E que a vida sem ele nunca mais foi a mesma coisa. 

 

19
Mar14

Para comemorar...

MariaLi

Só compreendi os meus sentimentos e os do meu pai quando passei a ser mãe e quando o perdi. Não o vejo num poema, mas em prosa alinhada, em caderninhos e livros guardados a sete chaves... 

Não gosto dos dias de.

Um bolo que fiz para comemorar o dia do pai das minhas filhas... {#emotions_dlg.smile}

Ovos- 6

Açúcar- 100gr

Côco- 200gr

Compota de chila- 250gr ou mais

Bater bem os ovos inteiros com o açúcar;

Juntar o côco mexendo com uma colher;

E envolver, por fim, a compota de chila;

Untar uma forma com manteiga e revestir com papel vegetal;

Colocar lá o preparado e vai ao forno a 180º, durante 30 minutos 

*Pode e deve substituir o côco por 250gr de amêndoa com pele. Deve ser moída, grosseiramente, na máquina 1,2,3. Fica delicioso.

  

20
Mar13

Barquinho

MariaLi

As mulheres da Póvoa de Varzim, com seus hábitos tão enraizados, dirigem preces à Senhora da Guia, sempre. Para que Ela proteja seus homens das tempestades do mar e da vida.

Boa sorte, digo eu, também...

"Minha Senhora da Guia

Guiai os homens casados

Também guiai os solteiros

Que andam mal encaminhados." 

😁

 

19
Mar12

Dia do Pai

MariaLi

Hoje é um dia a celebrar. Como é que as criancinhas, adolescentes e adultos festejam, todos nós sabemos ou imaginamos, mas o que realmente fica deste dia, isso já é outra coisa...

Indo ao depósito da minha memória, eu sou do tempo, até por volta dos meus 11 anos, de toda a minha família (pais e irmãos), estar sentada, acotovelando-se uns aos outros, olhos arregalados, brilhantes e assustados a ouvir as histórias fantasmagóricas que o meu pai contava.

Eu penso que todas elas teriam um final feliz, porque, com certeza, tem sido do inconsciente que ressurgem toda a força, energia, ânimo para concretizar alguns dos nossos sonhos...

E, já agora, não me recordo se o terço, rezado por minha mãe, seria antes ou depois destas histórias!... É uma dúvida bastante pertinente{#emotions_dlg.blink}.

A todos os Pais:

 Dentro do mesmo tema, uma história dos tempos de Agora que encontrei quando navegava na internet...

#2plantar o nosso jardimSara01-12-2010 02:54

Um velho vivia sozinho em Trás-os-Montes, ele queria cavar o seu jardim, mas era um trabalho muito pesado e o seu único filho, que normalmente o ajudava, estava na prisão.
O velho então escreveu uma carta ao filho, na qual falava do seu problema:"Querido filho, Estou triste porque, ao que parece, não vou poder plantar o nosso jardim este ano. Estou triste não poder fazê-lo porque a tua falecida mãe adorava a época do plantio depois do inverno, mas eu estou velho demais para poder cavar a terra.
Se tu não tivesses cometido aquele horrivel crime, e estivesses aqui, eu não teria esse problema, sei que me ajudarias, mas também sei que tu não podes ajudar-me no jardim, pois estás na prisão.Com amor, teu pai".
Pouco depois o pai recebeu o seguinte telegrama:"PELO AMOR DE DEUS, Pai, não cave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos!"
Às quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de agentes da Judiciária e policias, munidos de diversas enxadas e ferramentas, apareceram e cavaram o jardim inteiro, para espanto deles, não encontraram nenhum corpo.
Confuso, o velho escreveu uma carta ao filho contando o que acontecera. Recebeu a seguinte resposta:"Pai! Espero ter ajudado. Já pode plantar o jardim. Isto é o máximo que eu posso fazer neste momento."

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