Sempre tive o bichinho da fotografia. Sempre gostei de interpretá-la. Sempre respeitei cada uma como uma memória, mas que me quisesse transmitir algo. Bem tentei captar qual a estória, o ensinamento... Apenas ficava com a nostalgia de nada entender.
Na infância e adolescência, quanto tempo passado a observar álbuns e mais álbuns... A casa era enorme, eu escondia-me naquele quarto, abria o armário e, sentada na cama, que só era usada pelas visitas, de longe a longe, ficava horas, em reflexão. (?)
Minha mãe pouco sabia. A casa era de meu pai, de seus antepassados... E não havia tempo ou talvez "confiança" para pedir-lhe tantos esclarecimentos.
Os anos passaram. Sei que muitas das fotografias que registavam memórias tão inesquecíveis, descoloriram, ficaram branco sujo; e sei que queimaram, viraram cinza, pó.
Assim será com todos nós, com todas as fotografias...
Porque não tenho acesso às ferramentas necessárias, porque é um dia a não esquecer, editei este post de há 3 anos e repito a publicação...
"É raro acontecer... Quando nada nem ninguém nos impede de marcar presença para assistir aos efeitos espectaculares do pôr do sol.
Sozinha em casa, jantei e corri, tudo em modo bem acelerado. Sabia que o espectáculo não esperava por ninguém. Pareceu-me que cruzei com gente que caminhava, que namorava, que esperava mesa para jantar, que esperava também o pôr do sol, gente que talvez me conhecia. Pareceu-me...
O meu objectivo era outro e ficou cumprido. Fotografar, na praia, o pôr do sol e o depois do sol se pôr.
E para condimentar as nossas vidas, também há as fotografias que nos provocam sorrisos, saudades, memórias felizes de há pouca ou longa distância... Feliz dia da fotografia e felizes memórias!