Vem o Verão e os pinhais ardem. Então, para quê usar um pinheiro de plástico ou de qualquer outro material?
Pés a caminho e lá fomos passear pelo pinhal. Mas eram demasiado altos e desarranjados...
Nisto, chegámos a uma área que antes era de cultivo e agora virou matagal. Alguns pinheirinhos, verdejantes e húmidos de seiva, encantaram-nos logo ao primeiro olhar... Apenas cortámos um ramo bem bonito e harmonioso.
E, deste modo, tivemos em casa o cheiro a pinheiro e resina tão caracteríticos dos natais de algumas décadas atrás.
Aqui está a arma do crime e, também, uns raminhos de um arbusto que há muito tempo não via, e que marcou presença num centro de mesa.
O sabugueiro é uma planta espontânea. Começa por ser um arbusto de ramos e folhas tenras. Nasce sempre no mesmo local do ano anterior, como se propaga, não sei...
Toma proporções bem peculiares, exibindo seus ramos arqueados quase tocando o solo. Floresce no mês de Junho. E todo a área envolvente fica impregnada de um indescritível aroma.
No início do Outono enche-se de frutos em forma de bagas.
Apesar de muita chuva, este inverno não foi tão frio como muitos pensam. Para comprovar o que digo, algumas fotos dos amores amarelos e multicoloridos que aguentaram com firmeza e beleza a dita estação. Apenas curvados pela insistência da chuva...
Gosto de fotografar plantas espontâneas. Tenho alguma dificuldade porque saem desfocadas, vá lá saber porquê... :) Esta planta cresce pelos campos ao "desbarato". É chamada de erva daninha, porque nasce em espaços onde o homem fez suas sementeiras ou plantações e não quer que ela interfira na sua agricultura...
Nesta época, está a amadurecer para espalhar as sementes ao sabor do vento.
Era sábado. Anoitecia. Em movimentos rápidos, porque já me encontrava sozinha naquele espaço, eu tentava um bom registo. Olhando para todos os lados, um pouco intimidada pelas sombras e sons próprios da noite, clicava, clicava.
Alguns afazeres preencheram as horas do dia tão rapidamente, pois, era quase noite quando comecei a fotografar. E, como a máquina assinalava pouca bateria, tive de ser ágil e mais ou menos certeira...
Já há algum tempo que não ia à aldeia, em Fafe e, logo à chegada, fui recebida e surpreendida pelos lírios roxos e brancos todos perfilados. Pareciam anunciar que valeu a pena, que eles são a melhor opção para aquele espaço. Foi a primeira vez que os vi assim tão floridos.
Com o devido respeito... Não é por acaso que o homem interfere na natureza, abruptamente. Por vezes, baralha-nos e obriga-nos a repensar que o mundo sempre gira e que, em certas ocasiões, tudo parece estar de pernas para o ar.
E a noite vestiu-se de negro e de silêncio ornamentada de pontos luminosos. É noite escura na aldeia. Atravessado por ramos de um carvalho, imprimindo-lhe ainda mais ser, registei o satélite da Terra.
A Lua em fase de crescimento. Era o dia 15 de Fevereiro.