Há recomeços que demoram
Há recomeços que demoram.
No fim de semana seguinte ao meu aniversário, tomei a decisão de fazer um convívio só com os meus irmãos e seus respectivos cônjuges, quem os tem, claro.
Apesar da presença de irmãos não ser na totalidade, éramos quase vinte.
Uma trabalheira, mas repleta de felicidade.
Já há muito que não os via deste modo, em festa. Relaxados, descontraídos, adolescentes, pareciam... Pudera, sem filhos ou netos para se distraírem ou preocuparem...
E, também, porque, os últimos "encontros", foram de despedida.
Todo o dia não se proporcionou para um momento que queria especial, "o silêncio", pelos que já partiram. O meu pai, a minha mãe e irmão. Os mais recentes, ambos, no mesmo ano, um a seguir ao outro.
O entardecer estava mágico, próprio do fim de um dia quente no campo. E foi ainda debaixo do grande guardassol que jantamos. Depois, anoiteceu e já outra mesa, dentro de casa, esperava-nos para as sobremesas...
E foi o momento certo. Interrompi a alegria e conversas cruzadas de alguns. Pedi meio minuto de silêncio. Não é necessário descrever o que aconteceu. Nem eu sei, porque, no final das palavras, transbordei de tanta emoção... Os parabéns foram cantados como um hino, como um escape, como uma oração...
Houve abraços apertados. Abraços que jamais esquecerei...
E a festa continuou.
Quando nos lembramos de tirar fotos, já o céu reluzia estrelado, mas lá bem longe :)