Assim vai a natureza por terras de Fafe. À minha espera, não esteve porque sobreviveu encantadora sem os meus cuidados.
Quem por lá passa delicia seus sentidos e algo mais para além do gosto ou prazer... Bem, cada um poderá definir a seu "bel prazer"...
Lembranças, nostalgias, estórias de criança/adolescência, a casa grande, a minha mãe e irmãos, a hora da rega, o dia a anoitecer... Por que razão estas hidrângeas estão neste lugar... Coisas de alma (?). Consciência...
Em direção a casa, por vezes, faço questão de percorrer os espaços mais verdes, com história e com mais ou menos turistas. A pé, claro.
Por agora, há mais silêncio e eu gosto.
Tenho reparado que estas flores abundam pelos relvados. São margaridas sivestres. Bem, eu e o nome das flores... Comparo-me às mães que têm muitos filhos e quando querem dizer o nome de um, em particular, dizem três ou quatro nomes antes de acertar.
Por que não hei-de usar e expressar-me através de um vocábulo que me apetece?...
Mia Couto- quando o lia, lembro que brincava, a sério, com as palavras...
Voltando à composição, acima referida e em baixo ilustrada...
... Parece que aconteceu em outra vida. Quando a minha verdadeira procura era somente fora de mim... A essência.
Agora mesmo recordei, e, num instante, tenho a acrescentar... A recolha fotográfica foi feita por terras de Camilo Castelo Branco. Daí, talvez, o vocábulo (cameliana).
Este ano não encontrei muitas flores pelo campo. O Abril está pouco florido. A chuva e o frio não têm ajudado as plantas espontâneas a vestirem-se de gala. São as minhas preferidas, as espontâneas...