Uns dias em S.Miguel, Açores. Instaladas num hotel em Ponta Delgada, agradável e bem situado, fizemos o máximo proveito da estadia. Eu já conhecia, mas viajar com amigas, as do costume, é diferente, mais divertido, no final sentimo-nos cansadas, mas felizes e mais revigoradas. Não há stress com o horário das refeições, nem esquisitices com a escolha do menu... É só viajar, viajar, conhecer, deliciar com as paisagens, e esquecer que existe mais vida para além do que flui em nós 🥰.
Se revisitássemos a Memória, sempre acharíamos dias, meses, anos... Que nunca mais haveriam ser esquecidos.
"Aqueles que não conseguem lembrar o passado, estão condenados a repeti-lo."
Os últimos tempos, ficarão marcados, também. O que iremos retirar desta "prova de fogo"?...
Mais tarde, saberemos. Há que estar vigilantes. Sempre.
Algumas fotos de Auschwitz, Birkenau. Depois de várias leituras, filmes, documentários sobre parte da História destes locais, pensava eu, nunca visitá-los...
Surgiu, a bom preço, uma viagem a Cracóvia. Lá fomos. Cracóvia é uma cidade líndíssima!
De Cracóvia para Auschwitz fomos de comboio, e de lá para Birkenau, de autocarro.
Algumas fotos da parte exterior dos Campos de Concentração. Do interior, ainda hoje, passados 2 anos, não consigo publicá-las. Montras enormes de objetos: brinquedos, calçado, próteses e outos objetos pessoais, cabelos compridos de variadas cores, tecelagem feita de outros cabelos,... E muitas, muitas fotografias de rostos e corpos que nos fazem estremecer a alma...
Isto da gripe nunca fez parte dos meus receios. Será inconsciência ou vontade imensa de mudar, de recarregar energias, de desligar um pouco deste dia a dia.
O dia chegou, lá fomos, mas de dedos em riste, viradinhos para nós.
Regressámos bem, obrigada. Berlim está em obras.
Algumas fotos, smartphone.
*Renovei esta publicação porque, a de ontem, era apenas um texto em rascunho. Apercebi-me, há pouco, do que tinha feito. Mil desculpas. Agora, já estão as fotografias.
Quando estivemos em Budapeste, o natal aproximava-se...
(Berlim será a seguinte. Falta pouco. )
*A última foto. Em frente ao parlamento, junto ao rio Danúbio. Para que a memória nunca se apague. Abuso, maus-tratos, desumanidade... Estremecemos de horror ao avistarmos este memorial. Tão discreto para quem não olha e repara...
Fim de semana a apanhar algumas castanhas, abrindo ouriços, picando os dedos... Entre ouriços de castanhas perdidas, um grande ouriço abria e fechava dois buraquinhos, os olhos, tão discreto que, se não fosse o meu "armazenamento em memória" desde o tempo de criança, não o reconheceria- o ouriço-cacheiro. Permaneceu tão imobilizado que seria difícil apercebermo-nos dele.
Mais perto de casa, entre uma trepadeira e outras plantas de jardim, num tronco apodrecido, uma "montra" de pãezinhos de leite e de alfarroba.
Parece. :))
Desloco-me mais uns metros e visualizo umas florzinhas também elas guardadas na caixinha da memória . Tão lindas e subtis...
Não usamos herbicidas, talvez a razão de ainda existirem.
Nome?- Não sei.
Claro que não poderia deixar de encontrar os santieiros (cogumelos, frades...) . Bem, não fui eu que os encontrei, essa perícia nunca existiu em mim. Mas cozinhei-os e saboreámos o petisco, também ele elaborado como nos tempos de criança.
A atenção depressa se dispersa, e já me ia esquecendo dos medronheiros que foram transplantados neste local. Na altura, foi uma aventura. É um planta protegida e foi complicado transportá-la desde a minha terra natal, aonde tínhamos várias nos terrenos perto do rio, para esta, que é a do meu M. As plantas não aceitaram a mudança, foram dadas como mortas, as folhas caíram, os ramos desnudaram-se... Eu não queria acreditar. ..
Mas uma excelente poda e, sempre, bem regadas com muito carinho, sobreviveram e estão carregadas de frutos.
E um verdadeiro arranjo campestre que eu adoro. Em 30 segundos ficou pronto e transportei-o para cá, para a cidade onde moro, feito com arbustos e abóboras lá do local.
A viagem que há muito adiara, foi realizada. Não fazia parte dos meus sonhos, mas a vida partilhada tem destas coisas, alguém deve ceder de vez em quando. O cerco apertou, já toda a família, amigos, vizinhança e arredores tinham conhecimento do porquê de ainda não termos embarcado num cruzeiro...
Culpa minha, todos sabiam. Enervei-me e impus a viagem o mais rápido possível.
As fotos que hoje publico foram tiradas nas Minas de Sal de Wieliczk, Cracóvia, Polónia.
Exploradas desde o século XIII. Em 1978, foram classificadas como Património Mundial da Humanidade pela Unesco.
Mais de 300 metros de profundidade, por escadas, corredores e túneis de rochas (cloreto de sódio) e madeira. Percorremos aquele espaço ímpar, observando capelas, estátuas, painéis gravados na parede, um pequeno lago... Parte da História da cidade e da Polónia está ali representada.
Uma prova de resistência física para quem faz esta visita . Poderá ser, também, uma prova contínua de cloreto de sódio. Para quem duvidar, basta ir passando a língua por uma parede ou outra e, através das papilas gustativas, tirar suas conclusões .