Sugestão feita pelo Pedro, já há algum tempo, para a necessidade de eu mudar o template do blogue. Parece que devido à sua antiguidade, à falta de funcionalidade...
Por isso, quem me visitar, por favor, não se espante, nem deixe de me ler.
E quando de repente, sais do restaurante, depois de um Almoço de Natal entre amigos de curso e profissão, e vês velinhas desenhando e iluminando, nas pedras do chão, os contornos da nossa História, isso é provocação, impulso de emoções, magia e deslumbre dos sentidos. É Natal!
Mas não era essa a razão, a do Natal, era dia treze, o 13.º aniversário do Centro Histórico de Guimarães a Património Mundial .
Fotos ali, fotos acolá, em grupo, sozinhas, com poses e risos, parecíamos adolescentes... E eu sem máquina fotográfica.
Mais tarde, voltei. Mas a chuva miudinha caía, desconsertando a geometria da História, e o fumo, com odor a cera queimada, ziguezagueva ao encontro dos pingos de chuva.
Resta-nos recordar o momento até quando se esfume da nossa memória...
Falo da natureza. E nas minhas palavras vou sentindo A dureza das pedras, A frescura das fontes, O perfume das flores. Digo, e tenho na voz O mistério das coisas nomeadas. Nem preciso de as ver. Tanto as olhei, Interroguei, Analisei E referi, outrora, Que nos próprios sinais com que as marquei As reconheço, agora.
Uma foto do dia 13 de Dezembro. O Largo da Oliveira. A igreja de Nª. Sª. da Oliveira.
Guimarães celebrou onze anos da elevação do Centro Histórico a Património Mundial. Era quinta-feira. Saí de casa para mais uma tarde dedicada à pintura. O tempo estava tempestuoso. Não houve pintura. Espreitei a Praça da Oliveira para ver se haveria sinais de alguma comemoração. Nada. Aproveitei para tirar esta e outras fotos.
Não havendo nada mais a registar, e surpreendida pelo anoitecer, segui o percurso pelo caminho mais iluminado que me levou até casa...
O que fará com que as pessoas se juntem mais num determinado espaço do que noutro? Há locais da cidade que estão sempre a abarrotar! Outros, servem de passagem, e há os que simplesmente estão quase sem ninguém.
Há tempos, numa sexta-feira à tarde, desloquei-me ao Palácio Vila-Flor, Centro Cultural, para tomar um cafezinho e para esticar mais um pouco as pernas. Caminhei pelos jardins deste palácio, admirei o magnífico edifício, fotografei...
Apenas vi dois pares de namorados que desfrutavam da relva de um dos jardins. Mais adiante, as cameleiras ou japoneiras bem ordenadas e bem antigas enchiam o nosso olhar... Tudo muito calmo e relaxante.
Sinto o dever e a obrigação de perguntar:_ Para quando um cafezinho, num dia de sol quentinho, lá, com direito a registo fotográfico?!...
Nasceu ao acaso entre as azáleas, mas sobressai pela sua simplicidade, pureza, frescura... Parece querer dizer que, cada dia, é tempo de renascer, renovar, aclarar nossos sentimentos e intenções...