Um dia de vento...

Dia Mundial da Fotografia. 

Três fotos de entre as muitas que fazem parte dos meus arquivos... 

Livros e outras estórias

Reli o Homem Duplicado, entretanto, vou lendo outros livros enquanto o filme não passa pela minha cidade... Comprei Photomaton & Vox de Herberto Helder e porque me sugeriram o livro de Le Clézio, Deserto, também o comprei.

Foi bem engraçado o modo como este livro entrou na minha estante, melhor dizendo, vai entrar depois de o ler. Não sei se foi "cantada", nem qual o motivo de tanta recomendação. O funcionário da Fnac, da idade das minhas filhas, abordou-me e quis conversar sobre os meus livros e autores preferidos... Eu já tinha comigo o livro de Herberto Helder e outro de Valter Hugo Mãe. Estava indecisa qual o livro que iria oferecer a uma amiga. Conversa dali, conversa dacolá, acabei por deixar o do Valter e comprar para oferta um de Hermann Hesse, Siddhartha. 

No final, agradeceu a conversa e o gosto que teve em conversar comigo e ainda acrescentou que não era a primeira vez que acontecia... Estava bem enganado, nunca houve outra conversa, e estive para acrescentar:- Só se foi meu aluno! Mas não disse mais nada, queria que a conversa acabasse ali mesmo.

Uma carinha, laroca ou não, eu nunca esqueço. E concluí que a simpatia de certas pessoas deve ser moderada, porque já são tão naturalmente simpáticas que pode causar confusões. Penso e digo eu. E contra mim falo... 

Errar ou medo de errar

Não por errar, mais por medo de errar. Talvez faça parte desse tipo de gente... 

Aprendi que, assumir a inércia, os preconceitos, os erros, os nossos actos, faz parte do amadurecimento...

Por veredas, carreiros, estradas e avenidas, pelo chão, pelo ar, passo a passo, somos reponsáveis pelas nossas escolhas.

E, depois, sempre gostamos de comparar a vida "visível" de uns e outros. Há quem carregue um sorriso constante nos lábios, como que não necessite molestar em seu redor para se sentir melhor; outros, sempre a transbordar de preocupações como seres sofredores, únicos; e ainda há outros, e mais outros...

Não quero regresssar ao passado na máquina do tempo, nem sequer parar no tempo... Quero seguir minha caminhada, sem angústias, em passos leves, sem atropelos, aspergir por aqui e por acolá meus afectos... 

Por favor, deixem-me passar! 

Árvores

Escolher uma árvore como a minha preferida é como escolher um livro, um filme, uma sobremesa, uma refeição preferida...

Não sou capaz de escolher uma só árvore, assim como um só livro, um só filme, uma só sobremesa...

Três árvores que são como livros. Livros da vida. Contam histórias do dia a dia, dos nossos antepassados, fazem-nos sonhar, abrigam-nos... Talvez estas sejam as que eu mais admiro- sobreiro, oliveira, carvalha... Mas há outras.

*fotos tiradas em Ponte de Lima 

Recomeçar

Pensei, pensei, pesquisei, procurei... Mas nada que me levasse a trocar o espaço que eu já conhecia. Quem muito pensa pouco faz, já lá diz o ditado...

E reiniciei as aulas de pintura no mês de Janeiro, quando deveria ser em Outubro. Este mês que costuma nunca mais acabar, voou!

Estou a fazer uma paisagem e estou a adorar, como é costume... Em casa, depois, farto-me de ver coisas que poderiam ser melhoradas. Mas enfim, pode ser que desta vez saia perfeito... 

Depois mostro.

Sobre os sonhos

Estou um pouco atrasada, situações mais urgentes exigiram-me na totalidade. 

A frase proposta para me inspirar... "O menino dança?"

Só quero deixar o meu registo. É que não soube mesmo a quem perguntar... Ter capacidade de dançar e escolher o par sem escutar melodia, assim, do nada... Senti-me incapacitada quase a cem por cento.

Há um tempo para tudo, embora saiba que o presente, este, agora, é o real. Tempos houve em que os sonhos comandaram a vida... Mais cedo ou mais tarde, despertamos.  Os sonhos devem ser sonhados a dois ou em grupo, na mesma direcção, para não haver o perigo de se desvanecerem, mudarem de trajecto, serem derrubados por sonhos de outros...

Os projectos, os planos, a curto prazo, são os melhores. Não ganham asas, e tudo se vai concretizando ou não, acontecendo no dia a dia de forma mais espontânea e eficaz, exigindo maior concentração. Sentimos o desenrolar de todo o processo e, a cada momento, estamos alerta para corrigir, desviar, continuar... 

Por isso, parem de sonhar. Descongestiona. Diminui resíduos tóxicos. Alivia a cabeça... 

Não há como experimentar...  

*Póvoa de Varzim, Agosto

Rotineirices

Há rotinas tão instaladas que são capazes de comover os outros até às lágrimas... Pela negativa, claro.

Defeito meu, acreditar que o tempo tudo ensina.