Leituras
A verdade é que o mês de Agosto é o mês que mais gente goza o seu período de férias. Também é neste mês que menos me apetece passear, porque está muito calor ou porque há gente a mais por todo o lado...
Durante cada semana, continuo a repartir os dias pela praia, pela aldeia e por cá.
Vou dois dias ou três até à beira-mar, um dia à aldeia do meu "cônjuge" e o resto fico por aqui (é mais ou menos isto...) Faço compras, cozinho e arrumo à beira-mar e... faço compras, cozinho e arrumo por cá.
Entretanto, numa das visitas à livraria Bertrand, comprei um pacote de dois livros, em promoção, Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, e Jesusalém do autor moçambicano Mia Couto. Os livros estão divididos em pequenos capítulos, como sempre, e cada capítulo inicia com um poema ou um pequeno pensamento. A maioria dos poemas de um dos livros é da nossa Sophia de Mello Breyner Andresen, outros são "ditos" das próprias personagens do livro...
Fui saboreando a sua escrita denominada por rituais de tradição africana, repleta de espiritualidade, que só as gentes do continente negro sabem transmitir e que eu já me fui acostumando, sentindo, de vez em quando, a necessidade deste tipo de escrita.
Este autor brinca com as palavras, reinventa-as, surpreende-me, sempre, com vocábulos que eu já não os ouvia desde criança e que são deveras divertidos.
As estórias decorrem no período pós guerra colonial, e retratam as dificuldades do povo em se adaptar à liberdade, à falta de sensatez dos governantes locais e, claro, também não podiam deixar de incluir os encontros amorosos repletos de sensualidade...
Fica registado o meu apreço pelo escritor Mia Couto.
Bjo.
*Imagens/Livros/Google