Com a evolução das câmeras dos telemóveis, a fotografia deixou de ser aquele clic que eternizava o momento, para ser o espelho do nosso dia a dia... Ora, nada contra. O que quero dizer é que as fotos tiradas com pormenor à lua, que eu adorava, com o telemóvel ela fica bem distante e indefinida.
Fui mudando de atividade e, de vez em quando, a estratégia é outra. Rebusco as fotos antigas e tento dar-lhes corpo... Porquê e para quê, não sei.
Ainda não terminei. Quase... Duas pinturas, duas fotos.
Não sei o que faço, não sei o que acontece. É a segunda vez que clico, não sei onde, e acabo por colocar posts, já publicados, em rascunho...
Nada de importante, daí, a viagem a Madrid ser novamente publicada.
E foi assim que surgiu este post. Ando vazia de palavras que valham a pena ser postas aos quatro ventos. Bastam-nos aquelas que somos obrigados a escutar, não?
Ontem, já escurecia, a lua estava entre nuvens, grande e branca, e eu regressava a casa. Apressei-me e quis fotografá-la.
O mundo gira, e, da minha varanda, já as nuvens carregavam-se de escuro e enegreciam a lua. E, também, afinal, já me parecia mais pequenina...
A noite parecia um amanhecer. As portadas, a eira, o monte e todo o espaço envolvente estavam iluminados.
Quando a Lua resolve encher-nos de seu luar, os postes de electricidade, altos e deselegantes tornam-se tão desnecessários!
Era uma boa oportunidade para o bicho Homem, nestes dias de luar, desligar-se de alguns bens materiais, fazer um apagão, e deixar-se iluminar naturalmente com a luz lunar. Imitaria a Lua. Pois, também ele irradiaria luz e energia, e o nosso planeta agradecer-lhe-ia.
Quase sempre que a vejo, gosto de a olhar. Nas viagens noturnas, sigo-a. E quantas vezes me apetece parar, não fossem os sinais de proibição que indicam aumento de velocidade... Ou então, porque não há tempo, temos de andar apressados, ou porque andamos distraídos...
Já contagiei algumas pessoas com esta minha mania. Mas nunca me canso de a evocar, fotografar e já agora, pintar.
Duas pinturas. E duas fotos, um pouco manipuladas, para que a lua, ainda, brilhe mais.
Foi desta maneira que me responderam quando eu disse que gostava de morar num sítio onde pudesse assistir, sempre que quisesse, ao nascer e pôr da lua e do sol...
Habituamo-nos a estar rodeados de edifícios, ou de costas viradas a fenómenos naturais que, assistir a espectáculos destes, passou a ser considerado um luxo...
Momentos de encontro do sol e da lua; a beleza e as sensações que provocam não foram registadas nem são descritíveis.