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As palavras ditas que pensas que deves dizer, mas não são entendidas.
Ações praticadas que te preenchem, mas que alguém se apropria.
Os dedos em riste que te acusam, mas que recusas defender.
O silêncio perturbador que crias, que liberta o outro, mas que carregas no teu silêncio.
Os olhos salgados, em água morna, que tentam não transbordar.
Os quartos de camas vazias que se preenchem; luzes que se desligam.
O sono descerá.
Se conseguir colorir com mil e uma cores o vazio de algo importante que desvaneceu, um dia, um pouco que seja, valeu.
Para as mães sem memória e para as que vivem de memórias.
Flores silvestres e cultivadas. (Portugal e Países Baixos)
Levei-lhes flores.
Brancas. Pequeninas.
Outras flores e velas já enfeitavam
e aqueciam a pedra fria...
Que saudades!
Em frente, a paisagem não nos distrai e convida a introspeção.
*Minha mãe partiu há 1 ano... :(
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