Maio florido ☀️🌼
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O que quero exprimir?... Silêncio, fica entre nós.
No domingo passado recebi algumas fotografias enviadas por um familiar. Fiquei nostálgica. Apeteceu-me dizer-lhe que faltava lá eu... Tantas saudades!
Breve amostra outonal de um local campestre- as minhas origens. E que agora é património desse meu familiar.
Assim vai a natureza por terras de Fafe. À minha espera, não esteve porque sobreviveu encantadora sem os meus cuidados.
Quem por lá passa delicia seus sentidos e algo mais para além do gosto ou prazer... Bem, cada um poderá definir a seu "bel prazer"...
Lembranças, nostalgias, estórias de criança/adolescência, a casa grande, a minha mãe e irmãos, a hora da rega, o dia a anoitecer... Por que razão estas hidrângeas estão neste lugar... Coisas de alma (?). Consciência...
Um dia passado no campo. O Sr. João tirou o dia para trabalhar para nós. É difícil apanhá-lo. Há falta de mãos para trabalhar a terra.
Colhi framboesas, mirtilos e nêsperas ou magnórios como alguns dizem.
Andei de mangueira na mão a regar o jardim, apesar de me dizerem que tem chovido muito, "chuva de trovoada".
Vi também o arco-íris e imensas borboletas brancas. Bom presságio, de certeza.
Tirei fotos. Também me fotografei, entre as copas de árvores.
Um dia bem passado a pisar a terra, as ervas, a caminhar em solo irregular, a desviar-me das vespas e besouros... Um regresso às origens.
O mês de Maio está aí e o meu aniversário já começa a acenar em forma de número bem redondinho.
Por mais que me concentre, não vejo, não sinto, não escuto o que dizem ser a terceira idade.
Penso... Será que vivo envolvida nos jogos de Maya... Estou viciada, acomodada, o sol não é o Sol, o que vejo é ilusão, sou cega para a realidade?... Talvez. Sim...
Bem... Se aconteceu ou não ilusão, ontem, paralisei alguns momentos, para memória futura, e para comemorar o 500.° post do meu blogue.
Tchim... Tchim... A nós... A Natureza. E venham mais 500.
"Onde teu medo estiver, aí está tua tarefa".
Carl Gustav Jung
Que aborrecimento... Ser picada, sabe-se lá por quem , (por seres invisíveis, por falta de atenção, por não saber observar...), nas pernas, nos braços e com necessidade de tratamento; já começa a ser habitual.
Mas valeu.
Mas vemos paisagens que também se elevam, entrelaçam e que transportamos dentro de nós.
Tudo e nada, podemos albergar...
Cada dia há algo que nos desperta, encanta e espanta. Depois do sono de inverno, toca a despir e a vestir de novo. Renascer.
Assistir a pores ou nasceres do sol tão espetaculares, poder constatar que cada um é tão especial, simplesmente, é uma dádiva.
E apetece olhar as flores de plantas espontâneas, ou não, tão belas, sozinhas, na beira do caminho ou da estrada, nos parques...
Vamos lá, então, depressa, olhar, ver, sentir e receber.
Feliz tempo de Páscoa.
Desanuviar. Há muito que não ouvia o tom deste verbo.
Tempo e espaço indefinidos. Inércia para alguns... Outros reinventam-se a cada dia.
Carregar o mundo nas costas é castigo dos deuses.
Ainda o verde predominava.
* estava em rascunho
Fim de semana a apanhar algumas castanhas, abrindo ouriços, picando os dedos... Entre ouriços de castanhas perdidas, um grande ouriço abria e fechava dois buraquinhos, os olhos, tão discreto que, se não fosse o meu "armazenamento em memória" desde o tempo de criança, não o reconheceria- o ouriço-cacheiro. Permaneceu tão imobilizado que seria difícil apercebermo-nos dele.
Mais perto de casa, entre uma trepadeira e outras plantas de jardim, num tronco apodrecido, uma "montra" de pãezinhos de leite e de alfarroba.
Parece. :))
Desloco-me mais uns metros e visualizo umas florzinhas também elas guardadas na caixinha da memória . Tão lindas e subtis...
Não usamos herbicidas, talvez a razão de ainda existirem.
Nome?- Não sei.
Claro que não poderia deixar de encontrar os santieiros (cogumelos, frades...) . Bem, não fui eu que os encontrei, essa perícia nunca existiu em mim. Mas cozinhei-os e saboreámos o petisco, também ele elaborado como nos tempos de criança.
A atenção depressa se dispersa, e já me ia esquecendo dos medronheiros que foram transplantados neste local. Na altura, foi uma aventura. É um planta protegida e foi complicado transportá-la desde a minha terra natal, aonde tínhamos várias nos terrenos perto do rio, para esta, que é a do meu M. As plantas não aceitaram a mudança, foram dadas como mortas, as folhas caíram, os ramos desnudaram-se... Eu não queria acreditar. ..
Mas uma excelente poda e, sempre, bem regadas com muito carinho, sobreviveram e estão carregadas de frutos.
E um verdadeiro arranjo campestre que eu adoro. Em 30 segundos ficou pronto e transportei-o para cá, para a cidade onde moro, feito com arbustos e abóboras lá do local.
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