Um dos livros que estou a ler. Já conhecia algum trabalho do autor, devido a uma palestra que assisti, há uns três anos, sobre Logoterapia.
Sobre o autor:
A sua brilhante carreira viria a ser interrompida pela ascensão do Nacional Socialismo. Teve hipótese de emigrar, mas decidiu permanecer na Áustria, para cuidar dos seus pais. Em 1942, foi deportado para um gueto, e mais tarde para o campo de concentração de Auschwitz...
No fim da guerra retomou o seu trabalho, imprimindo-lhe uma direção nova. Desenvolveu a Logoterapia que divulgou como professor em várias universidades de Viena a Harvard...
Fim de semana a apanhar algumas castanhas, abrindo ouriços, picando os dedos... Entre ouriços de castanhas perdidas, um grande ouriço abria e fechava dois buraquinhos, os olhos, tão discreto que, se não fosse o meu "armazenamento em memória" desde o tempo de criança, não o reconheceria- o ouriço-cacheiro. Permaneceu tão imobilizado que seria difícil apercebermo-nos dele.
Mais perto de casa, entre uma trepadeira e outras plantas de jardim, num tronco apodrecido, uma "montra" de pãezinhos de leite e de alfarroba.
Parece. :))
Desloco-me mais uns metros e visualizo umas florzinhas também elas guardadas na caixinha da memória . Tão lindas e subtis...
Não usamos herbicidas, talvez a razão de ainda existirem.
Nome?- Não sei.
Claro que não poderia deixar de encontrar os santieiros (cogumelos, frades...) . Bem, não fui eu que os encontrei, essa perícia nunca existiu em mim. Mas cozinhei-os e saboreámos o petisco, também ele elaborado como nos tempos de criança.
A atenção depressa se dispersa, e já me ia esquecendo dos medronheiros que foram transplantados neste local. Na altura, foi uma aventura. É um planta protegida e foi complicado transportá-la desde a minha terra natal, aonde tínhamos várias nos terrenos perto do rio, para esta, que é a do meu M. As plantas não aceitaram a mudança, foram dadas como mortas, as folhas caíram, os ramos desnudaram-se... Eu não queria acreditar. ..
Mas uma excelente poda e, sempre, bem regadas com muito carinho, sobreviveram e estão carregadas de frutos.
E um verdadeiro arranjo campestre que eu adoro. Em 30 segundos ficou pronto e transportei-o para cá, para a cidade onde moro, feito com arbustos e abóboras lá do local.
No campo, por vezes, acontece um misto de tudo o que nos faz bem.
Beleza, envolvimento, prazer, satisfação. Não estivesse o campo mais ligado à vida, à realidade e simplicidade das coisas...
O céu como abrigo, noite e dia, cintilante e silencioso.
Mas desengane-se quem pensa que é só relaxar. Há sempre muito trabalho a fazer e a organizar.
Lá diz o ditado, em Outubro sê prudente: guarda pão, guarda semente.
No nosso tempo, a oferta de mercado é tanta que já não necessitamos de ser assim tão prudentes. Por uma questão de economia e não gostando de desperdiçar aqueles produtos que têm menor durabilidade, dediquei-me a fazer compotas, concentrado de tomate e alguns congelados.
O resto está sendo guardado, naturalmente, de modo a conservar o máximo de tempo para ir sendo utilizado até às próximas colheitas...
Também é delicioso sentir estes sabores do campo pairarem pela cidade.
Devido ao post da Samantha, quero acrescentar. Principalmente, na época da colheita, que vai sendo quase todo o ano, depende do que é próprio de cada estação, distribuímos alguns produtos alimentares por várias famílias cá da cidade. Famílias não referenciadas, nossos vizinhos e até amigos. Devido à crise de emprego, os filhos voltaram a casa dos pais, alguns já casados e também eles com filhos...
Na aldeia, desconhecemos essa necessidade, as pessoas convivem mais de perto e entreajudam-se. São costumes e tradições de louvar.
As fotos registam duas tardes do mês de Outubro na aldeia, em Fafe. A música retirei-a de um CD comprado a uns vendedores ambulantes, peruanos, no tempo de praia, e chama-se "Then I Found You", do álbum Canárias 2010.