Porque não tenho acesso às ferramentas necessárias, porque é um dia a não esquecer, editei este post de há 3 anos e repito a publicação...
"É raro acontecer... Quando nada nem ninguém nos impede de marcar presença para assistir aos efeitos espectaculares do pôr do sol.
Sozinha em casa, jantei e corri, tudo em modo bem acelerado. Sabia que o espectáculo não esperava por ninguém. Pareceu-me que cruzei com gente que caminhava, que namorava, que esperava mesa para jantar, que esperava também o pôr do sol, gente que talvez me conhecia. Pareceu-me...
O meu objectivo era outro e ficou cumprido. Fotografar, na praia, o pôr do sol e o depois do sol se pôr.
Sobretudo, não desesperar. Não cair no ódio, nem na renúncia. Ser homem no meio de carneiros, ter lógica no meio de sofismas, amar o povo no meio da retórica.
Quando vi esta foto não percebi, imediatamente, o que aconteceu.
Estava junto a um carro estacionado, apoiei-me nele e cliquei. Na chapa do carro, o reflexo das nuvens, da árvore e do candeeiro ocupam todo o espaço da rua e do passeio...
De certeza que são métodos já utilizados, mas eu fiquei surpreendida por este resultado. Gostei.
Para uns, é quando o dia começa. Para outros, é o final do dia. Ou então, nem final, nem início, nem intermédio... É o pôr do sol.
Outros momentos há. Às vezes, nada nos dizem, ou transmitem-nos ansiedade, mal-estar e, definitivamente, só nos apetece "estar onde não estamos".
Alguém me disse que são os nossos "pensamentozinhos," o nosso olhar desatento e superficial sobre as coisas, que nos desviam do sentir profundo, verdadeiro...
Não espelhei ao meu redor qualquer coisa de mim. Limitei-me a sentir.