Nem sempre o que parece é. À primeira vista, parece ver-se o reflexo do sol a esconder-se no mar... Até pode haver interferência, mas os tons azulados que vislumbramos ao fundo, é o conjunto de ténues montanhas que se estende para lá de tudo, parecendo unir-se ao friso alaranjado do céu.
Na autoestrada, entre Terras de Basto e Fafe, na serra da Lameira, já anoitecia.
Com o carro em andamento, usufruímos do espectáculo.
Sobretudo, não desesperar. Não cair no ódio, nem na renúncia. Ser homem no meio de carneiros, ter lógica no meio de sofismas, amar o povo no meio da retórica.
O último dia que fui à praia, o dia estava lindo! A água transparente e de temperatura muito agradável, as ondas embalavam e acariciavam seduzindo-nos e provocando o atraso da nossa partida... O Sol, já a média luz, alumiava, enorme, aveludado, rosado... escondendo-se suavemente, fatiado, até o último pedacinho desaparecer...
E alguém, na varanda, foi registando... Eu estava na praia.
Entardeceres de Setembro à beira-mar. Como no dia a dia não tenho o privilégio de assistir a este acontecimento, devido às construções que me circundam, e por Guimarães ficar num vale, penso eu, quando estou na Póvoa tiro proveito da minha situação geográfica que, para já, beneficio. Sim, porque, de repente, poderá surgir um prédio onde menos esperamos...
E, sempre que tenho oportunidade, registo cada pôr do sol tão bonito, colorido e diferente...