Eu é que sou o presideeente!
Era uma vez uma pequena aldeia no interior norte de Portugal. Uma casa rural, com espigueiro, alpendres, eira e, claro, espaços que ligam entre si todos estes ditos prédios.
O tempo passou, e dois filhos receberam o que seus pais tinham trabalhado e preservado durante o seu tempo de vida. Mais tarde, os dois filhos também partiram.
Hoje, estas propriedades estão divididas pelos netos do primeiro, ou seja, pelos filhos dos seus dois filhos.
O presidente da junta, por interesses já conhecidos, quer tornar público o espaço em frente às casas e aos portões, assim como o caminho de acesso que segue para os alpendres, espigueiro, eira, campos... No fim desse caminho, há um pequeno terreiro com carvalhas centenárias, onde era habitual fazer as desfolhadas, emedar a palha para os animais, secar os cereais, colocar as espigas no espigueiro... Aí, ele diz que é uma rotunda para qualquer veículo ir lá, contornar as carvalhas, voltar para trás e pronto, ir à sua vidinha, porque, afinal, não há qualquer outra saída.
Senhor, livrai-nos destas politiquices, despesas e chatices e de todo o mau político que infesta o nosso dia a dia e nos faz perder tempo.