É verdade...
Mais um dia amanheceu
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Cada dia há algo que nos desperta, encanta e espanta. Depois do sono de inverno, toca a despir e a vestir de novo. Renascer.
Assistir a pores ou nasceres do sol tão espetaculares, poder constatar que cada um é tão especial, simplesmente, é uma dádiva.
E apetece olhar as flores de plantas espontâneas, ou não, tão belas, sozinhas, na beira do caminho ou da estrada, nos parques...
Vamos lá, então, depressa, olhar, ver, sentir e receber.
Feliz tempo de Páscoa.
Hoje o dia iniciou em poema.
Às 6 horas, deslocámo-nos em direção à montanha da Penha, para contemplarmos o nascer do Sol.
Não chegámos ao topo. Numa clareira, a meio da encosta, em silêncio, esperamos o seu renascer.
Lindo! Palavras para quê? Nem as fotos exprimem a poesia daqueles momentos.
Uma visita ao campo, arejar e recarregar-me em toda a minha dimensão: a mais densa e a mais subtil (soma, psique, nous)...
Ao deparar-me com tamanha diversidade e alegria... Pasmei!
A Primavera está aí, já há flores aos "montes" que brilham como rainhas ou princesas, lá, no sítio...
Algumas.
Ainda me surpreendo ao ver esta imagem. Por mais que queira fazer destas habilidades com a actual máquina fotográfica, não é possível. Aconteceu naquele momento e ficou gravado.
Uma noite, no campo, entre o arvoredo.
Na altura, não soube ler... Quiçá, um prenúncio de Páscoa em quarentena?...
Há quem faça meditação para relaxar, desanuviar seus pensamentos, aclarar sua mente, pacificar-se...
Para já, ainda não consegui. Pois... Talvez, exija mais trabalho. Prefiro viajar, para mim, é mais fácil.
Fui com amigas. Éramos três mais um bebé de nove meses. Estão a imaginar...
Mas foi maravilhoso!
Amesterdão pareceu-me desarrumado, cinzento... Mas não, as bicicletas amontoadas junto aos passeios provocam confusão, mas foi só a primeira impressão. Depressa nos habituámos a elas.
Os edifícios perfilam imponentes, harmoniosos, de grandes janelas e portas, em tons acastanhado, tijolo, creme...
Os canais, os barcos, as pontes, os museus, o comércio...
Na sexta-feira, era feriado, festejavam o dia do Rei. Era "obrigatório" vestir qualquer peça de roupa ou adorno de cor laranja... De verdade, ficámos um pouco preocupadas, devido ao elemento mais novo. Mas tudo bem. Gente simpática, educada e bonita.
Seria por andarmos muito bem acompanhadas? :)
Além de visitarmos alguns museus, não podíamos deixar de observar, ao vivo, the tulips garden- Keukenhof, e, claro, também passeámos por Red Light District, à noite.
Adorei! Adorei!
Para quem não conhece, e nem imagina.
Para quem conhece e quer recordar.
É árvore fruteira, se não me engano- a pereira,
a iniciar a sua floração. :)
No regresso a casa, colhia flores espontâneas e, ainda, de cabelos a escorrer água, distribuía-as pelas diferentes jarras.
Não sei por que colhes dessas flores! Elas não duram nada! E o jardim com tanta flor!... Enfim!- Dizia sua mãe.
Era no tempo da adolescência, a tal menina- Maria rapaz, que percorria os caminhos de terra batida, entranhava-se por entre a natureza de árvores e ervas espontâneas e seguia até ao rio.
Lá, mergulhava e sentava-se no leito do rio, tentava apanhar minúsculos peixes que se esbarravam ou beijavam seu corpo. Só saía da água, quando ficava arroxeada e a tiritar de frio.
Hoje, não tem o rio. Não tem o espaço encantado de outros tempos. Nem sonhos irrealizáveis. Tem esperança em dose qb.
Quando vai ao campo, ainda gosta de percorrer os caminhos de terra batida. E, por instinto, talvez, procura algo nunca antes encontrado: belo, diferente, simples, verdadeiro...
Acaba mergulhada e sentada na terra húmida, entre a vegetação, e vai cortando flores pequeninas. Elabora pequenos ramos, coloca-os em pose. Fotografa-os.
Não sei como ainda és assim...- Dizem M e D
Dois dias. Dois raminhos .
Para vocês ;)
Sempre achei esta capacidade minha bem desenvolvida: - Discernir.
Não sei o que pensarão os outros... Se pedisse provas disso a meus famliares e amigos chegaria a uma conclusão. Pouco interessa, não? E argumentar sobre isso seria falta de discernimento. Penso. Discirno.
O tempo e o espaço estão em modo florido.
Este fim de semana estive na aldeia, e mais uma vez fiquei rodeada de seres minúsculos e graúdos que brotavam sorrisos de todas as cores e em todas as direcções.
Eis alguns desses sorrisos, apreciem-nos, antes que seja tarde...
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