Laços e emoções
Gosto de sentir liberdade, quem não gosta?... De não me submeter a regras, programas, agendas... Sempre que é possível, e sem prejuízo do outro. A vida já é tão cheia de obrigações!
Porque, a par de nossas vidas diárias, familiares, há outras vidas, familiares e não familiares... Há trabalhos e canseiras, doença, dedicação e zelo, carinho, amor.
A primeira etapa de tratamentos passou e parece estar no bom caminho...
Quando nasceste do mesmo ventre, correste na grande varanda de tábuas, rangendo, brincaste no mesmo terreiro, em noites de luar. E nadaste no pequeno rio, em dias quentes de verão, fizeste as refeições em volta da mesma mesa, debaixo do mesmo telhado... Aí, sentes todo o universo a chamar-te e a dizer-te que toda a pessoa merece atenção, cuidado, proteção.
Só por uns tempos. Sei... Até uma nova etapa que brevemente reiniciará e nunca se sabe como acabará... Andei por aí, tentando aliviar, de cabeça oca, vazia de problemas...
Ontem, aproveitei a noite para sair: jantar e assistir a um concerto ao ar livre, no Largo da Condessa do Juncal. À inconfundível voz de Sofia Escobar, juntou-se a Orquestra Juvenil de Pevidém e música tocada em piano, a solo... Tudo divinal. Arrepiei-me e emocionei-me por várias vezes. Não perdi pitada. Tentei absorver cada palavra, cada som, cada momento musical.
Simplesmente fantástico!
*debaixo destes telhados...