Decorria o mês de Março. Tempo de confinamento, e também de palestras por videoconferência ... Em sorteio, foi este tema que me calhou. O Espiritismo por Allan Kardec.
Pela intenet, consegui comprar, em 2ª. mão, um dos livros do autor. O trabalho está feito há já algum tempo, ainda falta apresentá-lo.
Quase 500 páginas. Leitura assídua, entusiasmante. A ideia que fazia, que me passaram, que eu absorvi, não correspondeu de modo algum ao que na realidade experimentei; nada de fantasmagórica.
Valeu a pena a leitura. Sempre é tempo para ler. Sempre pode ser tempo para aprofundar um pouco sobre O Espiritismo. Sinto-me mais elucidada (?), mais transcendente (?), sei lá, nem tenho palavras para exprimir :).
Nada de novo, claro, este tema sempre foi discutido, há vários registos de e em todos os tempos.
O nunca querer saber e a aposta no ver para crer, - o meu lema, fez-me refletir que há um véu que separa a indiferença, o medo, a ignorância e que nos turva.
Allan Kardec nasce em França a 3 de Outubro de 1804. Durante 30 anos dedica-se inteiramente ao ensino e torna-se um dos grandes responsáveis pelo progresso da educação naquela época.
Depois de assistir pela primeira vez ao fenómeno das mesas falantes ou dança de mesas, decide levar a cabo uma investigação profunda na esperança de encontrar uma explicação lógica para tal fenómeno. Durante dois anos questiona os Espíritos superiores, e eles respondem, dando a conhecer os princípios básicos da Doutrina Espírita- assim nasce o Espiritismo.
Em 1857 publica O Livro dos Espíritos, a primeira de uma série de obras reveladoras da Doutrina.
Morre a 31 Março de 1869 e no seu túmulo é inscrita a frase que melhor define a perspetiva evolucionista do Espiritismo:
«Nascer, morrer, voltar a nascer e progredir sempre; é esta a lei!»
A viagem agendada para o final de Julho até aos primeiros 6 dias de Agosto, já, em si, provocou uma adrenalina própria que o viajante sempre experimenta. Desta vez, visitámos S. Petersburgo e Moscovo.
Fiquei deslumbrada?...
Direi, até, apaixonada pelas estas duas maravilhosas cidades. Não fui a única, o que me apercebi, várias pessoas do grupo confessaram estar a sentir o mesmo...
Numa das mensagens que enviei para meus familiares, disse:- Converti-me.
Ora, cá por casa, já estão a tentar opinar e fazer, à rebelia, tudo para que eu me esqueça da minha última paixão. Sou teimosa e sei que vai ser difícil esquecer.
E eu gosto de gostar assim, rápido, à primeira vista. Os ruídos ou interferências, esses, vou tentar ignorá-los.
Só sei que adorei!!!
Quanto aos trambolhões?...
É... Em uma saída de praia, em direção ao bar, dei uma chinelada na borda do estrado de madeira, cambaleei um percurso de 10 metros, adquiri alta velocidade, e só parei quando cabeceei um tubo de ferro bem fixo, fazendo um estrondo que entoou toda a praia e arredores... :) Caí, imobilizada. Rodearam-me, alguém já ligava para o INEM e só ouvia:- sente-se nesta cadeira.
Eu, mesma, tive de dar ordens para que aquela gente se acalmasse. Pedi gelo e que me deixassem estar um pouco em repouso...
Infelizmente, para eles, não houve mais espectáculo. Tudo bem.
Mas foram 5 dias, precisamente os dias antes da viagem, de observação e cuidado.
Pronto. Agora que ninguém se atreva a dizer que estou a sofrer de efeitos secundários... :) ;)
Sem mais pormenores, algumas fotos das mil e pico... Difícil a escolha.
Naquela tarde fizemos praia num local onde há filas de barracas que se direccionam ao mar e todas estão ocupadas, porque o dia é de muito calor. Mas há os espaços reservados a paraventos e guardassóis. Aí, nos encontrávamos. Também havia um grupo grande de jovens com seu alarido, não direi próprio da idade mas sim da má educação, como mais tarde constatámos.
Um senhor com fisionomia tailandesa, daqueles que percorrem a praia para serviço de massagens, passou à nossa frente de olhar meigo e sorriso tranquilo. Era o modo de nos abordar se queríamos ou não os seus serviços.
Duas jovens do dito grupo, prontamente, fizeram-lhe sinal, e, durante 30 minutos, receberam as massagens. Estavam rodeados de todos os outros jovens que, entretanto, proferiam piadas de vocábulos pouco apropriados, como que todo o espaço lhes pertencesse.
De repente, vemos o senhor, em silêncio, a arrumar a sua maleta, e alguns jovens a mostrarem-se incomodados, (não sei se de verdade ou se por simulação)... As duas jovens tinham desaparecido sem efectuar o pagamento.
E o espaço onde eles se encontravam?! Ficou repleto de garrafas, latas, pacotes vazios...
O que é isto?!... Que falta de educação é esta?!... Que força e vontade de transgedir os move?!... A coesão de grupo move-os para o mal?!...
Uma das minhas filhas estava presente. Olhou-me e interrogou-me:- Não vais lá chamar-lhes à razão?!...
Nem respondi. Senti-me envergonhada pela atitude deles e pela minha.
Ficámos a conversar e a tentar perceber que jovens eram aqueles. Conhecemos e convivemos com muitos e não conseguíamos imaginar esta cena entre eles. O meu irmão dizia que pertenciam a qualquer instituição ou bairro social. Eu não concordei, nem acredito, mesmo. É muito fácil rotular pessoas mais carenciadas de mal-educadas, falsas, perversas. A carência não era a nível material. Nem tão pouco por falta de formação.
Arriscaria a dizer que, talvez, esta é uma forma patológica de exibicionismo.
De Barcelona para o interior. O campo em terras do norte de Portugal. Assim foi a minha semana. Cheia de contrastes.
De Barcelona, falarei mais tarde.
Já comecei a podar. As sebes tomaram dimensões exageradas. Lá me explicaram como fazer, e eu sorri, de escárnio...
- Não. Tenho que poupar as minhas mãozinhas! E as dores de cervical que posso ganhar? E depois são 50 euros na osteopata e não sei quantos na manicure :) ... Foi o que respondi .
Mas não aguentei. O campo tem estes efeitos sobre mim. Quando fiquei sozinha, foi só tic... tic... tic... E uma sebe já está.
Mas, antes disso, já tinha apanhado amoras vermelhas e amarelas, maracujás roxos, vi as plantas de maracujá amarelo e banana que estão floridas e ainda não deram fruto, apanhei algumas avelãs, caídas, junto à árvore, assim como, tomates, feijão verde, pimentos, beringela, uvas... E reguei toda a área do jardim.
E ainda acrescento. O campo não é para mariquinhas. De repente, podemos transportar um bicharoco qualquer, e nada de gritaria. ;)