Uma espreitadela ao baú
* na mais recente viagem, encontrei esta mala
Há pouco, encontrei este objecto abandonado. E, ao vasculhar no baú de memórias adormecidas, reli uma historiazinha idêntica a muitas que existem por aí. Com certeza.
Há muito, muito tempo... Era uma vez...
Ela passava pelo tempo (ou o tempo por ela?) em correria desenfreada, atropelando-se em acontecimentos inesperados, conseguindo enganar gripes, constipações e, ainda mais grave, a si mesma.
Um dia, a filha mais pequenina adoeceu e ficou uns dias em casa.
Observava fotos de seus pais em casamentos e outras festas. De repente, iniciou um choro contínuo. Dizia que queria a mãe, que ela estava triste, que o pai estava a sorrir... Lá, nas fotografias.
Para convencê-la de que não era verdade... Que eram só fotos... Parece que demorou algum tempo.
Então, aconteceu algo. Pequenino, em comparação com a agitação dos primeiros anos de casados. Clarificaram um pedacinho do modo de vida. Abaixo a hipocrisia!
Participar em eventos, juntos, sim, quando os dois eram parte desse acontecimento (de familiares e amigos). Não por ela ser esposa de Fulano ou ele ser marido de Cicrana.
Assim, foi dado um pequeno passo na liberdade individual, e um grande passo na liberdade do casal.
E alguns registos fotográficos passaram a ser mais autênticos. :)